domingo, 20 de novembro de 2011

IBGE - O BRASIL RICO & O BRASIL POBRE - EM SE PLANTANDO DÁ!

O Censo do IBGE continua mostrando que o Brasil “ainda é um país de contrastes” – temos um Brasil rico e um Brasil pobre. Nenhuma novidade.
Vendo a reportagem do JN no Ar mostrando os contrastes gritantes entre Vargem Grande (MA) e Vinhedo (SP) apenas se constatou o óbvio: - os contrastes existem, pois temos um Brasil – Sul e Sudeste altamente desenvolvido onde fica Vinhedo e outras cidades que como ela tem alto índice de desenvolvimento – e, Norte, Nordeste com índices de pobreza alarmante; não é de hoje, a situação é assim desde há muito tempo.
As reportagens se preocuparam em conversar com os prefeitos locais. O de Vargem Grande(MA) respondeu à reportagem, por telefone, que não era da responsabilidade da prefeitura certos trabalhos de melhoria no município. Já o de Vinhedo (SP), mostrou a cara e disse do esforço para oferecer o melhor aos munícipes.
O Partido dos Trabalhadores e outros ditos Trabalhistas, Socialistas, etc. estão se sucedendo no poder e a situação permanece a mesma em muitos lugares do país desde sempre. Ultimamente predominam políticas que tratam os cidadãos como se todos fossem “bípedes implumes” com o bico aberto a espera que a mãe lhes forneça a comidinha do dia. Tem asas, mas vão continuar sem saber voar porque estão acomodados à situação da bolsa tudo, cestas básicas, auxílios de toda espécie enquanto o mato cresce ao redor do casebre no terreno que deveria produzir boa parte do seu sustento.
Afinal, são os TRABALHADORES que estão no poder! O trabalho na terra também enobrece, pois liberta e resolve o problema da fome.
Cada vez que vejo um casebre de periferia rodeado de mato e crianças e mulheres com a palidez da miséria e fome, lembro das hortas que eram cultivadas em pequenos espaços, no interior paulista, muitas vezes menores do que esses mostrados na reportagem lá do MA, por exemplo. Elas eram cultivadas por imigrantes europeus que haviam chegado ao Brasil sem um tostão no bolso. Depois chegaram os japoneses. A mesma coisa se repetiu. Ninguém passava fome. E ainda sobrava para vender nas feiras livres aos domingos, ou de porta em porta na pequena cidade. Ninguém era rico, mas não havia miséria.
Foi a força do trabalho sistemático, produtivo que construiu as riquezas que hoje são vistas nas áreas mais prósperas do país.
Aí está a grande diferença. É o do comportamento das pessoas que não se envergonham em sujar as mãos na terra para dela tirar o sustento.
É verdade que nem todos têm capacidade para sair do círculo vicioso em que foram atreladas pelo paternalismo burocrático. Antes do Ministério do Trabalho e das ONGs aproveitadoras dos recursos públicos qualificarem trabalhadores para ter carteira assinada, elas precisam ensinar, inclusive na escola, como aproveitar cada pedaço de chão – e isto não tem nada a ver com a reforma agrária politizada até a medula, e que por isso mesmo não sai do papel.
Já falamos em terapia ocupacional. O mal da fome e da miséria pode e deve ser combatido com a “terapia ocupacional produtiva” – cultivando hortas, pomares, criando pequenos animais domésticos, aprendendo a utilizar produtos novos, mudando hábitos, etc. Podem ser comunitárias ou individuais. A partir daí muita coisa vai mudar e diminuir as diferenças regionais.
- Em se plantado dá! – informou Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal quando da descoberta do Brasil. Vamos lá senhores políticos. Arregacem as mangas e ajudem cada eleitor seu a sair da miséria plantando ao menos uma horta-pomar comunitária e ensinem a esses cidadãos a cuidar delas.
O trabalho enobrece! - EM SE PLANTANDO DÁ!