Escrever é uma arte e às vezes uma necessidade para ‘falar’ o que vai
pela cabeça. Os assuntos são os mais variados. Uma folha de papel, uma caneta,
uma ideia martelando na cabeça e, tanto pode sair uma obra de arte, como um
rascunho a ser jogado no lixo. Um bom vocabulário e regras do uso da escrita
ajudam e muito. Se resolver escrever um tema com personagens fictícios, cuidado
para que eles não fujam do seu controle...
FLIP > FEIRA
LITERÁRIA INTERNACIONAL
Ocorreu em Paraty a 13a feria literária internacional entre os
dias 1 e 5 de Julho, com a presença de escritores nacionais e estrangeiros. Os
temas debatidos foram poesia / erotismo
/ política, arquitetura, ciências,
música, drogas, etc. Constou com uma
homenagem a Mario de Andrade – um dos participantes do movimento da Semana da
Arte Moderna no Brasil.
Reservei para hoje um resumo sobre o gênero literário, o romance > conceito, origens, características,
alguns autores.
O ROMANCE
O Romance é uma
obra extensa de ficção em prosa. Todos os autores têm no romance uma forma de
expressar sua do mundo que o rodeia acrescentando toda fantasia que lhe
aprouver. Usando de personagens imaginários o autor desenvolve suas tramas
utilizando todos os recursos que a ficção permite envolvendo-os em situações
exageradas que sempre tem um desfecho inesperado.
Os temas envolvem o
mundo real e imaginário trabalhando os sentimentos e as realidades criadas para
aquela situação que muitas vezes pode ter como fundo uma mensagem de cunho
crítico social; porém seu objetivo é a de narrativa recreativa.
Suas raízes estão na
literatura do Egito antigo – mais ou menos 1.200 a.C - e nos escritos latinos
dos séculos I e II de nossa Era. Outros povos como os árabes e os japoneses
também tem um longo período de escritos narrativos no gênero desde o século XI.
O romance moderno se
desenvolveu no século XVIII com obras de escritores ingleses como Defoe,
Fielding e Richardson. Desde então a forma narrativa do romance se tornou
popular na literatura; passou a adotar várias categorias bem definidas como:
ficção científica, policial, de costumes, temas urbanos, sociais, etc.
Os romances de Cavalaria
com histórias de aventuras contando feitos da cavalaria ou de amor se tornaram
comuns na Idade Média na Europa. Esse tipo de literatura costuma envolver
acontecimentos mágicos ou místicos, como uma visão do Santo Graal ou o encontro
com feras míticas. As obras “A Tempestade” e “Conto de Inverno” de Shakespeare
são chamadas de romances por envolverem esses temas. “D. Quixote” de Miguel de
Cervantes é um romance de cavalaria, onde satiriza os costumes da época.
O movimento artístico
que recebeu o nome de Romantismo (séc. XVIII – XIX) realça o valor da emoção,
da imaginação e a libertação das regras que dominaram a literatura até essa
época. Ele exprime também uma nova perspectiva da natureza vista como
espiritualmente ligada à humanidade.
Escritores dessa época:
Wordswordh e Black (inglês); Schiller e Goethe (alemão); Victor Hugo (francês)
– com obras como “O Corcunda de Notre Dame” e “Os Miseráveis”; Eça de Queiroz,
Camilo Castelo Branco e José de Alencar (português). Muitos outros escritores
desenvolveram seus temas através da narrativa fantasiosa do romance. Com
destaque para alguns a nível internacional como Dostoiévski (Os Irmãos
Karamazov), Goethe com o romance autobiográfico “Wether”, Almeida Garret com
“Viagem na Minha Terra; e no Brasil: José de Alencar com inúmeras obras (O
Gaúcho, Tronco de Ipê, O Sertanejo, etc.); Aluízio Azevedo (O Cortiço, O
Mulato, etc.); Machado de Assis (Quincas Borba, Don Casmurro, Helena, etc.):
Raul Pompéia (O Ateneu); Graciliano Ramos (Vidas Secas); Euclides da Cunha (Os
Sertões); Érico Veríssimo ( O Tempo e o Vento), etc.
Muitos outros nomes mais
recentes poderiam ser citados como Jorge Amado e sua imensa obra.