A fauna política instalada
no planalto e adjacências – território livre
- está alvoroçadíssima com os últimos lances da novela apresentada
diariamente em horário integral. Os temas não variam muito, mas pelo conteúdo
apresentado, altamente explosivo, vem dominando as atenções do atento público e
as ‘torcidas’ ora aplaudem, ora recuam. O embate promete.
Nada melhor que duas
pequenas fábulas para ilustrar o momento. A primeira, ‘OS DOIS TOUROS E AS RÃS’ ilustra
a disputa politica declarada em curso. A segunda
> O CARVALHO E OS JUNCOS é uma
interrogação: quem é quem?
1- OS DOIS
TOUROS E AS RÃS:
Dois touros brigavam
à beira de uma lagoa onde vivia uma colônia de rãs. As jovens rãs que tomavam sol à beira da lagoa
se divertiam aplaudindo a cada cabeçada que os touros davam.
Umas torciam pelo boi
pintado. Outras pelo boi malhado. Uma rã mais experiente avisou:
- Cuidado. Essa briga
pode acabar aqui onde estamos. Vou mergulhar e ficar longe desses dois touros.
Dito e feito. O boi
malhado foi empurrado pelo boi pintado e a briga acabou dentro da lagoa, no
meio de grande correria das rãs que pouco antes estavam se divertindo.
Moral – Em conflito
dos grandes, pequenos não tem vez. É melhor manter distância.
2
– O CARVALHO E OS JUNCOS
À beira de tranquilo
lago vivia um majestoso e imponente carvalho. Orgulhoso de sua força e altura
zombava dos juncos frágeis e modestos da beira da água:
– Qualquer brisa
dobra vocês e os faz abaixar a cabeça quase se afogando. Eu sou forte; esses
ventos que balançam vocês mal agitam minhas folhas!
Os frágeis e flexíveis juncos pouco se
importavam com as palavras jocosas do carvalho. Um dia uma tempestade se abateu
sobre a região. Os juncos vergam, dobram e quase submergem na água.
O carvalho resiste
imponente, até que uma lufada muito forte começou a arrancar galhos e
balançá-lo com toda força. Foi tão forte a lufada seguinte que com o redemoinho
que se formou ao seu redor ele caiu com as raízes para o alto.
Passada a tempestade
os juncos se levantam e se endireitam, enquanto o carvalho permanece inerte no
solo. Filosoficamente os juncos observam:
- Quanto mais
flexível se é, mais fácil de vencer as adversidades...
Moral: - Quanto mais
alto se quer subir, maior é o tombo ao cair.