Introdução: - A Educação no Brasil passa por um processo de desconstrução,
como tudo o mais. Os conhecimentos didáticos existem, mas não são aplicados de
forma correta, ou seja, ignoram solenemente o principal elemento do processo
educativo – o educando em suas diferenças individuais; cada um tem seu tempo individual para aprender e compreender, o que independente
de idade cronológica – uns caminham mais rápido ou são mais lentos por ‘n’
motivos.
Com o discurso da inclusão
e de uma ‘educação para todos’, o qual, além de ter sido limitado a alguns
itens do conhecimento humano, solapa o ensino como um todo, em detrimento do
currículo mais abrangente que supre as necessidades psicológicas dos aprendizes.
Exemplos > o ensino de música, a prática da educação física, religião,
trabalhos manuais, desenho..., além do ensino do latim, base para o
entendimento da língua pátria.
O resultado é um conflito
progressivo nas salas de aula onde as ideologias têm substituído a informação
pura de conteúdos, de valores e de princípios éticos e morais. É através do conhecimento
abrangente e progressivo que os jovens tem a oportunidade de formar sua bagagem
cultural, ter uma opinião pessoal sobre os diferentes conteúdos para optar por
uma continuidade de seus estudos e opções de vida profissional.
Quando um jovem estudante
pergunta para que lhe seve aprender equação de segundo grau, realmente
chegou-se ao limite dos limites. Esse tem sido o comportamento de muitos alunos
com uma visão limitada sobre temas mais abrangentes, e, que, ao chegarem à
Universidade, descobrem que aquela aula chata de geografia, por exemplo, era
indispensável para não pagarem mico numa aula do sonhado curso de medicina... Tudo o que aprendi desde o
primeiro dia de estudos realizados em casa ou na escola desde o curso primário
até o Universitário, já utilizei em algum momento de minha vida.
As diferenças individuais
fazem com que os alunos caminhem em velocidades diferentes e o aprendizado será
de acordo com suas vocações - sempre
haverá o aluno bom e o aluno fraco em alguma determinada disciplina. Isso não
justifica impor limites de idade para cursar esta ou aquela série. Cada um tem
seu tempo, pois ninguém é igual a outro, nem irmãos gêmeos...
Distúrbios de Aprendizagem: DISLEXIA
Entre 10 e 15% das pessoas
no mundo inteiro tem distúrbios de aprendizagem. São considerados distúrbios de
aprendizagem a imaturidade neurológica, privações sensoriais (auditivas e
visuais), problemas emocionais, deficiências cognitivas e a dislexia.
Esse distúrbio de
aprendizagem que corresponde à dislexia se caracteriza pela dificuldade
de decodificar e soletrar – troca de letras, confunde símbolos – pois possuía
deficiência no componente fisiológico da linguagem. Vê uma coisa e diz outra
(ex. dedo por dado). Uma criança com dislexia tem inteligência normal e às
vezes acima da média, mas tem dificuldade para ler, escrever e às vezes para
entender o que lê. Muitas crianças inteligentes sofrem de uma espécie de
cegueira cerebral, isto é, sofrem de uma confusão visual não conseguindo
distinguir entre letras como: o, e, c / p, b, h, d.
Com bastante paciência é
possível ensinar a essas crianças a desenvolverem a capacidade de
leitura.
Um disléxico sempre terá
dificuldade com a linguagem e a escrita: para escrever, para ler, com a ortografia
– muitas vezes terá letra feia (disgrafia); dificuldade com matemática,
especialmente na assimilação de símbolos e decorar tabuada; a memória de curto
prazo; e com a organização. Terá também dificuldade em seguir um roteiro e para
executar uma tarefa complexa. A compreensão de um texto é difícil para ele.
Esses distúrbios em geral
são diagnosticados pelos professores já na fase de alfabetização
pré-escola. É um período em que a criança passa a viver situações novas o que
provoca insegurança, pois cada dia rompe mais cedo o vínculo com o lar. Essa
insegurança gera consequências que estão se refletindo nos resultados da
aprendizagem. Especialmente quando não é respeitado seu tempo de aprendizado. E
para tal não se pode nem deve limitar os demais alunos, nivelando todos pelo
nível mais baixo.
Para realizar um
diagnóstico mais detalhado devem ser consultados profissionais de várias
especialidades: psicólogos, psicopedagogos, neurologistas, fonoaudiólogos,
oftalmologistas e passar também por exames de audição e visão.
Pense Sobre: – Cada conhecimento tem sua importância na ordem das coisas. – A
boa educação recomenda respeitar as diferenças individuais. - O segredo do sucesso está
no aproveitamento correto das diferentes capacidades individuais.