quinta-feira, 30 de julho de 2015

MÉDICOS DESPESCREVEM MEDICAMENTOS. - QUAL MEDICAMENTO É MAIS EFICIENTE? – O FITOTERÁPICO OU O FÁRMACO – O PASSADO DA MEDICINA


De susto em susto, premida pela necessidade de encontrar saídas alternativas para tratamentos de problemas de saúde, dedicamos alguns anos de estudos sobre o assunto. Conhecia a farmácia da vovó, as informações e recursos de tratamentos da medicina oficial, os tratamentos alternativos de emergência, e, por mais de uma vez, a solução veio através da fitoterapia.
Diariamente, notícias  sobre  efeitos colaterais indesejados de alguns produtos farmacêuticos obrigando médicos a desprescreverem os tais medicamentos, fatos que não eram registrados pelo uso dos remédios fitoterápicos ‘antigos’.
- Será que algumas plantas já têm em si alguns fatores de segurança que minimizam os efeitos negativos de seus ingredientes? - O que é melhor: - os ‘sintéticos’ ou o laboratório da natureza? –  A resposta está na constatação de que os fitoterápicos funcionam desde a Antiguidade.
Informações sobre tratamentos através da história:
No Passado > as doenças eram consideradas um castigo dos deuses. O tratamento consistia em ‘poções mágicas’ e rituais. Foram encontradas nas culturas antigas desde os Neendertal (60 mil anos), passando por antigos povos mexicanos  o uso de plantas medicinais como a alteia e o peiote; entre os sumérios  o uso do tomilho, alcaçuz, mostarda, e os babilônios  - o açafrão, coentro,canela, alho e outras ervas,  com as quais faziam vinhos, extratos, emplastros, e linimentos.
No Egito antigo > possuíam mais de 700 drogas feitas a partir de plantas como a babosa, o absinto, hortelã, mirra, cânhamo, óleo de rícino, mandrágora, etc. Também usavam a lama e o pão mofado sobre ferimentos.
Chineses > O ‘Pen Tsau’  do Imperador Shen Nung – é a primeira farmacopéia chinesa ensinando fórmulas de tratamentos inclusive para a lepra com o óleo de Chalmogra.
Hebreus > são lembrados pelos seus padrões de saúde pública e higiene. – ‘O Senhor criou remédios da terra, e o homem sensato não os desprezará’ (Eclesiastes).
Índia > ‘Ayuriveda’ – coletânea do saber médico hindu que remonta ao Rig Veda que fazia referencias a muitas plantas curativas como  a raiz Rauvolfia Serpentina hoje amplamente utilizada na farmácia moderna.
Gregos > ‘o Deus da Cura’ – Esculápio tinha como símbolo a serpente enrolada em um bastão – o caduceu – símbolo atual da medicina. Segundo ele os tratamentos incluíam rituais, fórmulas mágicas, realizados durante vários dias de jejuns e banhos; culminava com o ‘sono do templo’ – onde eram analisados os sonhos dos pacientes.  Em 4000 a.C. Hipócrates deu ênfase à dieta, ao estilo de vida, as exercícios, à luz do sol, e à água. Ele acreditava que os 4 elementos (fogo, água, terra e ar) eram representados no corpo humano resultando nos 4 tipos de temperamento a saber: - pela bile amarela (colérico), fleuma/ catarro (fleumático) pela bile negra (melancolia) e pelo sangue (sanguíneo). A doença resultava do desequilíbrio dos elementos e a cura se dava pela eliminação do excesso desses humores. Usavam as sangrias, enemas, diuréticos, laxativos, vômitos, suor como formas de tartamento. Para cada caso um tipo de erva medicinal num total de 300 a 400 citadas nos textos de Hipócrates.
Romanos > o progresso romano no entorno do mar Mediterrâneo incluiu medidas de saneamento público com um adiantado sistema de esgoto e de água limpa potável – os aquedutos -. Em relação à saúde adotavam (século I a. C.) – a dieta, os medicamentos e a cirurgia. Além dos medicamentos de origem vegetal também havia o uso do mel e de vinhos, bem como o hábito da limpeza do aparelho digestivo com plantas medicinais. O ‘antidoto de Mitridates’ – uma mistura de cerca de 70 substancias vegetais, minerais e animais usada como antídoto  contra o envenenamento. O método foi usado por mais de 1.500 anos.
A ‘História Natural’ > Plínio –( I d.C. )– defendia que a natureza é serva dos seres humanos. Galeno deu inicio à experimentação científica com animais. Deu origem às teorias das medicinas homeopáticas (cura pelo similar) e alopáticas (cura pelo oposto).
O papel da IGREJA > entre os anos 400 e 1.500 d.C a Igreja controlou os conhecimentos médicos. Envolvia a cura espiritual e a medicina natural; os jardins dos mosteiros e dos camponeses eram fornecedores de plantas medicinais para os tratamentos.
No final da Idade Média teve inicio a criação de hospitais para dar assistência e abrigo aos doentes pobres. No século IV d.C Basílio Grande – Bispo de Cesárea -   criação das  primeiras escolas Universitárias de Medicina > a Escola de Salerno > que foi fundada por 4 personagens conhecidos na tradição: o árabe Adala, o latino Salerno, o grego Pôncio e o judeu Elinus. Os alunos trabalhavam com plantas medicinais desenvolvendo anestésicos.
A História prossegue fora do mundo cristão com outros povos e suas experimentações com destaque para a Alquimia.
Os altos e baixos se sucedem até o Renascimento quando teve início o estudo realmente cientifico com a dissecação de cadáveres humanos. Leonardo Da Vinci se destaca com seus desenhos com precisão anatômica humana.   Paracelso – ‘As plantas não foram só criadas para o uso dos homens como também exibem um sinal claro – assinatura – de fim específico a que se destinam. Ele é tido como o pai da farmacologia química. ‘Depende só da dose, se um veneno é veneno ou não’. Além das ervas usava também os metais.
Concluindo: - A partir daí a curiosidade cientifica levou a inúmeras descobertas e soluções no campo da medicina. A competição pelo mercado de produtos medicinais – industrializados ou não - é uma realidade. As mezinhas, as garrafadas, os chás da vovó, os hábitos de higiene pessoal e pública, a alimentação correta, o combate aos excessos alimentares, os diagnósticos que não leva em conta o todo, mas as partes, etc. acompanham o dia a dia do cidadão, em paralelo com a visita à farmácia. Esquecemos que a respiração correta, a postura – sentar / deitar / caminhar -, os exercícios físicos, a higiene mental, entre outras atitudes pessoais são indispensáveis para uma boa saúde: - somos o que comemos, o que pensamos, como nos comportamos...

  Hoje voltamos no tempo e constatamos que apesar de muitos avanços científicos na área da saúde, às vezes é mais seguro seguir a intuição como ainda fazem alguns  nativos que,  a exemplo dos seus ancestrais, saiam para a mata em busca da erva apropriada para realizar o tratamento de pacientes. O maior problema consiste na falta de uma agenda positiva na informação da população que acabou dependente psicologicamente do sistema de saúde adotado pelo Estado.