sexta-feira, 3 de julho de 2015

TEATRO – O MUNDO É UM PALCO - ORIGENS


Graças à proteção de nobres, os atores e escritores dramaturgos revelaram um mundo novo de diversão que atraia o mais variado público: o Teatro. O palco oferecia desde o ensino de boas maneiras às mais variadas formas de diversão onde o suspense, a arte, a acrobacia, o canto, o drama, a comédia, a dança, etc.  foi bem recebido por todas as classes sociais.
 O Teatro atingiu a maioridade quando os dramaturgos, encenadores e atores levaram para as ruas os temas religiosos, que foram substituídos por temas do dia a dia. Também havia as récitas na corte, na casa de nobres e na Universidade.
Uma das origens do teatro está nas representações e cortejos religiosos (século XII e XIII) com a representação da fé fora das Igrejas usando a linguagem popular. Na França havia as representações conhecidas como os "mistérios" baseados na Bíblia, e os "milagres" que narravam episódios da vida dos Santos. Na Inglaterra, ao norte, eram populares apresentações feitas em carroças que se deslocavam de uma parte para outra na cidade sendo acompanhadas pelo público. Na sequência houve as "tragédias de sangue" recordando os tempos de Sêneca - escritor de tragédias latinas baseadas em mitos gregos. Uma das peças mais populares em Londres foi "A Tragédia Espanhola" de Thomas Kyd (na década de 1580).

Dramaturgos ingleses da era Elisabetana: William Shakespeare (1564-1616)- poeta e dramaturgo que combateu as objeções dos puritanos e tratou de temas controversos como a tirania e o relacionamento entre homens e mulheres, assunto de destaque na época em que os papéis femininos eram representados por atores jovens. Para as histórias inglesas ele se inspirou nas "Crônicas" de seu contemporâneo Raphael Holinshed, e para os dramas romanos, no grego Plutarco. Obras: (peças) - Henrique VI, Ricardo III, A Megera Domada; (poemas narrativos) - Vênus e Adônis, O Rapto de LucrÉcia; (comédias ) - Sonho de uma noite de Verão, etc. (tragédia) - Romeu e Julieta entre outras. Seu dom era o de captar a essência humana e a poesia, o que o tornou célebre.
Christopher Marlowe - cronista que pertenceu ao grupo de escritores, os "University Wits", ou "Gênios Universitários de Oxford e Cambridge, autor de "Trágica História do Dr. Fausto" onde utiliza o "verso forte" - (verso branco). Ele marcou o início da época de ouro do teatro Elisabetano. Levou para a obra o seu temperamento violento criando figuras demoníacas com fins trágicos.
Ben Johnson, outro dramaturgo inglês ligado a companhias teatrais profissionais como os dois anteriores, escreveu peças satíricas: "Cada uma ao seu modo", Epicene ou A Mulher Silenciosa e Volpone.
Em Londres do fim do século XVI foram construídos os primeiros teatros permanentes, a céu aberto. No reinado de Jaime I e Carlos I passaram os teatros a ser cobertos. O palco era uma plataforma longa com um palco interior coberto ao fundo, as bancadas para o público ocupavam os outros três lados. O teatro coberto, no século XVII, separou o público popular que continuou a frequentar o teatro aberto.
O cenário móvel com efeitos de luz foi inventado por encenadores como Inigo Jones (Inglaterra), Giacomo Torelli (França) e Nicola Sabbatini (Itália). Na França e na Itália destacaram-se a "comédie-française" e a "commedia della'arte". Davam ênfase à farsa e ao cômico com destaque da hipocrisia e da vaidade características da época.

Em Portugal, na Idade Média surgiu com os "momos" para as festas da corte e os "arremedilhos" numa mistura de mímica e declamação. Gil Vicente já na Renascença se destaca no popular, opondo-se ao clássico de Sá de Miranda, Antonio Ferreira, Camões e Ferreira de Vasconcelos.

Na Espanha, Miguel de Cervantes (O Poço dos Carneiros) - é a primeira peça sobre a revolta social. Outros: Lope de Vega e Pedro Calderón.
Atores de destaque no período Elisabetano: Richard Burbage (ator trágico) e William Kemp (comediante) - este, em nove dias executou uma dança entre Londres de Nonwich (1960) ganhando notoriedade.

No Brasil tivemos a partir da segunda metade do século XIX o ‘Teatro de Revista’ > um espetáculo de variedades que reúne números de dança, música, enquetes e atrações circenses. Suas origens provêm das feiras medievais francesas onde os artistas passavam ‘em revista’ os eventos sociais e políticos do ano anterior. Destaque para as comédias de Artur de Azevedo e musicas de Chiquinha Gonzaga.
O Teatro Brasileiro de Comédia teve inicio em 1948 com um repertório eclético quase que exclusivamente com temas estrangeiros. Foi de importância para a época onde se destacaram nomes como Tônia Carrero, Paulo Autran, Cacilda Beker, Sérgio Cardoso.

Teatro do Absurdo – um tipo de obra dramática  dos anos 1950/60 com temas onde o ‘absurdo’ queria significar uma visão da vida contraditório, sem sentido e governada por forças misteriosas demais para serem compreendidas; autores> Samuel Beckett, E. Ionesco e H. Pinter.