GRÉCIA E SEU SONORO ‘NÃO’ – 61,31%
CONTRA 36,69% A FAVOR DE UMA POLITICA DE AUSTERIDADE.
É o que dá essa tal de política
socialista comunista onde todos conhecem seus direitos e ninguém quer assumir
deveres. Mudar exige coragem. E as
mudanças exigidas pela União Européia aos países pobres estão acima de suas
capacidades e/ ou vontade política; não tenho bola de cristal, mas quando da
criação da União dos países europeus no inicio deste século, minha intuição já
apontava para problemas insuperáveis pela diversidade de povos e culturas no
continente europeu. Eu já previa que seria difícil a convivência e a solução
dos problemas, principalmente os econômicos entre os países mais desenvolvidos
(primeiro mundo) e os países ‘pobres’, não só da Grécia, Portugal, Espanha,
Itália, como os do leste europeu. Disciplina é uma qualidade em baixa na
sociedade moderna. Os interesses particulares e o comodismo sempre falam mais
alto.
A realização de obras de
modernização do sistema viário facilitou a circulação de pessoas, bens e
serviços implementados com o concurso de uma moeda comum – o Euro. O objetivo
de integrar o bloco dos países europeus está engatinhando. A concentração
urbana e o consequente esvaziamento do campo nos países menos desenvolvidos
trouxeram um maior desequilíbrio aos países menos desenvolvidos. A facilidade de circulação atraiu
trabalhadores dos países de ex-união soviética que se tornaram ‘os boias fria’
na França e na Espanha no tempo da colheita de
frutas, ocupando o espaço deixado com o esvaziamento do campo e de
pequenas cidades do interior. Já a região do Mediterrâneo foi favorecida pelo
turismo e ocupação por parte de ingleses e alemães que investiram na região. É
uma reorganização dos espaços, que com a chegada dos migrantes do norte da
África criou mais um elemento de instabilidade regional.
Mas, até que ponto a Grécia é
vitima da situação ou não soube aproveitar da oportunidade de fazer parte de um
conjunto de países visando elevar o nível de vida da população no continente?
Pelos meus estudos sei da diversidade étnica, cultural, social, política,
econômica dos povos que fazem parte da União Européia. Não é porque todos são
brancos que gregos / romanos/ bretões, saxões, francos, iberos, lusos, etc., eles se
entendem...
As crises econômicas, políticas e sociais
tem como ingredientes o dinheiro, os políticos e os banqueiros. O dinheiro foi
inventado para facilitar as trocas; os bancos para facilitar a movimentação
de valores; e os políticos (?) – bem
esses entraram no jogo porque as vantagens são ‘sonantes’, ou seja, dá lucro
‘cuidar’ do povo...
Hoje o mundo em sua globalização –
inclusive das crises – gira em torno de valores monetários vultosos seja em
espécie, seja virtualmente. Tudo funciona como num jogo de cartas marcadas.
Aliás, as cartas de baralho já foram utilizadas mais de uma vez para substituir
o dinheiro, como no Canadá francês (1685) e na França (1789) após a revolução. O valor era anotado no verso da carta.
Você sabia que foi a China que
produziu o primeiro papel-moeda (no ano de 650); os chineses chamavam suas
notas de ‘dinheiro-voador’ por ser fácil de movimentar. Marco Polo quando
visitou a China ficou maravilhado com o amplo uso do papel-moeda nos domínios
do imperador. Somente em 1400 a Europa, através dos banqueiros de Barcelona,
Gênova e Veneza começaram a usar as ‘letras de cambio’; os primeiros títulos
bancários são criação dos suecos (1661); em 1695 os recém fundados bancos da
Inglaterra, com apoio do governo passou a emitir notas com valores entre 10 e
100 libras.
O que era para ser um benefício
social facilitando trocas de bens e serviços transformou-se em um problema para
governos e Nações que passaram a viver em função do ‘money’, l’argent, dinero
> seja o Dólar, o Euro, o Real,
títulos, debêntures, empréstimos, dívidas...
‘Devo, não nego...’ Não resolve se
não mudar a forma de tratar com valores que ganham vida própria e se
multiplicam assustadoramente ou somem com chapéu velho.
Dinheiro não aguenta desaforo –
diz a sabedoria popular. Haja rezas, simpatias, orações, promessas para todos se
beneficiarem das cifras.