Nestes dias falei
sobre a dieta Mediterrânea e não falei do Vinho (!) e os apreciadores acharam
falta. Foi um lapso de nossa parte. Voltamos ao assunto hoje. Como distração, e
para atender a curiosidade de familiares mais jovens, há algum tempo escrevi
minhas lembranças sobre as histórias da família: “Histórias que cruzaram o Atlântico”;
lá falei dos hábitos alimentares da
região de Castela e o que foi conservado aqui na nova pátria; naturalmente o
vinho constava do cardápio e dos usos e costumes.
Os hábitos
alimentares que herdei provenientes da península Ibérica, naturalmente incluem
o vinho. Os familiares mais velhos contavam que a bebida do desjejum, no
inverno, era: um copo (vaso) de vinho
para as mulheres, um cálice (copa) de
aguardente para os homens, e uma xícara (taza)
de chá, café com leite ou de chocolate para as crianças e pessoas que não
podiam tomar bebidas com álcool. O vinho da época era produzido artesanalmente
com uvas colhidas na região e curtido em garrafões (damajuanas); nada de conservantes e químicas nocivas – era puro suco de uvas de qualidade.
A uva é uma das
frutas mais completas tanto do ponto de vista nutricional como medicinal, seja
ao natural, ou como suco.
O vinho também tem
suas propriedades. Conheci pessoas que tomavam diariamente o equivalente a duas
colheres de sopa de vinho tinto como aperitivo. Seu uso culinário inclui o
tempero de carnes e peixes – ‘marinar’; bebidas - a sangria; e seu uso nas
sopas.
Havia, ou há as garrafadas feitas com vinho tinto e ervas medicinais curtidas,
que era usado como fortificante.
Receitinha: - Vinho
de maçã: cozinhar uma maçã descascada em 1 cálice e meio de vinho tinto, com
uma colher de açúcar mascavo e casca de limão. Coar e tomar após as refeições.
Vinho, uma das
bebidas mais antigas da humanidade. Ele faz parte do cardápio de muitos povos,
e, beber com moderação, não é pecado.
O vinho, usado com
moderação, fez parte de nossa mesa por muito tempo. Atualmente prefiro ficar
com o suco da fruta. Tchim... Tchim...