JOGO DA VIDA
Cartas
que escrevi;
Cartas
que recebi e li;
Cartas
da vida...
Jogando
com a sorte – sem sorte;
Com
zelos, sem elos.
Cartas
em branco – simples coringas
Que
nada resolvem.
São
trincas: de Reis, de Damas,
Passando
de mão em mão.
Simples
papéis.
Papéis
amassados, rasurados, rasgados;
Aos
ventos jogados,
Sem
ao destino chegar.
Cartas
que li e reli –
-Respondi?
Cartas
que nunca recebi;
Espero
por um Ás, que às mãos não vem.
Tantas
cartas que passam no jogo da vida
Só esse
Ás continua perdido
Rolando
ao léu, de mão em mão.
Continuo
a jogar o jogo da vida;
Arrisco
a sorte à espera de um dia
O jogo
da vida ganhar.
Dizem
que a vida tem um propósito.
Continuo
a apostar no final perfeito
Do jogo
jogado numa cartada genial.
(Martina – Piraju - 06/06/1978).