terça-feira, 26 de novembro de 2013

JOGO DA VIDA – (POEMA)


JOGO DA VIDA
Cartas que escrevi;
Cartas que recebi e li;
Cartas da vida...
Jogando com a sorte – sem sorte;
Com zelos, sem elos.
Cartas em branco – simples coringas
Que nada resolvem.
São trincas: de Reis, de Damas,
Passando de mão em mão.
Simples papéis.
Papéis amassados, rasurados, rasgados;
Aos ventos jogados,
Sem ao destino chegar.
Cartas que li e reli –
-Respondi?
Cartas que nunca recebi;
Espero por um Ás, que às mãos não vem.
Tantas cartas que passam no jogo da vida
Só esse Ás continua perdido
Rolando ao léu, de mão em mão.
Continuo a jogar o jogo da vida;
Arrisco a sorte à espera de um dia
O jogo da vida ganhar.
Dizem que a vida tem um propósito.
Continuo a apostar no final perfeito
Do jogo jogado numa cartada genial.

(Martina – Piraju - 06/06/1978).