domingo, 24 de novembro de 2013

O BRASIL QUE TEMOS – NADA DE PERDER A ESPERANÇA: TUDO É UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA.


Dia chuvoso, nublado, sem pássaros a anunciar Sol. É domingo e o noticiário geral segue na mesma linha da semana, dando a dimensão das disparidades vividas no país: entre mensaleiros, denuncias de cor e tom político  eleitoreiro, selecionei alguns detalhes que me chamaram a atenção:

HERDEIROS DE CARAMURU - "Agora tem o Brasil das mulheres e o Brasil dos homens até nos discursos das autoridades, o Brasil dos negros, o Brasil dos brancos e o Brasil dos pardos, o Brasil dos héteros e o Brasil dos gays, o Brasil dos evangélicos e o Brasil dos católicos, Brasil com bolsa família e Brasil sem bolsa família e nem sei mais quantas categorias, tudo dividido direitinho e entremeado de animosidades, todo mundo agora dispõe de várias categorias para odiar! A depender do caso, o sujeito está mais para uma delas do que para essa conversa de Brasil, esquece esse negócio de Brasil, não tem mais nada disso!" ( João Ubaldo Ribeiro –  “Herdeiros de Caramuru” –  Percival Puggina – 23- 11-2013 –, ler o  artigo na íntegra Mídia Sem Máscara).

Nota – Um dia, na brincadeira, comentei como ficaria o país (e o mundo) se houvesse uma ordem de repatriação dos cidadãos originários de outros países e seus descendentes que aqui vivem. O recente movimento discriminatório dá o que pensar. Até onde irão essas manifestações? Quais as maiores vítimas? Para fazer uma justiça, não é preciso cometer injustiças. É evidente que há interesses por trás de toda essa manobra divisionista da sociedade brasileira.

PLANOS ECONÔMICOS E A CORREÇÃO DAS APLICAÇÕES EM CADERNETAS DE POUPANÇA - “Deverão ser julgadas, a partir da quarta-feira 27, as ações que questionam os critérios de correção das aplicações de cadernetas de poupança usados nos planos de estabilização econômica anteriores ao Real. Trata-se de uma disputa de mais de duas décadas. Esses processos, em sua maioria, dizem respeito aos planos Bresser e Verão, editados nos anos 80, e Collor I e Collor II, no inicio dos anos 90. Os juízes de primeira instância, quase sempre, tomaram decisões favoráveis aos poupadores. Como resultado, uma avalanche de novas ações chegou aos tribunais. Estima-se a existência de um total aproximado de 1 milhão de ações individuais e outras 1000 coletivas. Segundo cálculos atualizados do Banco Central, caso o STF julgue inconstitucionais as leis e regras então usadas para corrigir os depósitos, o total dos expurgos a ser pagos aos poupadores soma 150 bilhões de reais”. (Revista Veja – Planos Econômicos – Chega ao STF o Julgamento de uma causa que pode quebrar o Brasil).

Observação - Os Bancos certamente não ficarão satisfeitos se a decisão for favorável aos poupadores. Quanto à afirmativa de quebrar o Brasil nos parece exagero. Isso porque o dinheiro não vai evaporar; ele vai voltar ao antigo poupador  e recompor seu orçamento deteriorado, e que, por sua vez, vai aplicar de alguma forma, seja no próprio mercado financeiro, seja na produção, no comércio, no consumo de bens e serviços, etc., com a consequente geração de empregos e recolhimento de impostos – numa espécie de correção da injustiça social e econômica que foi praticada contra o cidadão comum. Sem demagogia.


Com a palavra a Justiça.