A Conferencia do
Clima – a um dia do final das negociações, todos os plenários e reuniões
avançaram até altas horas. Tudo segue indefinido. Os dados fornecidos pela
União Européia são confusos e de caráter individual, e os países mais pobres
demonstram falta de projetos. O compromisso da redução das emissões continua
uma incógnita; tudo por culpa do Japão, Austrália, EEUU, Canadá... que
reconhecem ter seus limites também, porém querem postergar para 2015.
Os países
em desenvolvimento (China, Índia e Brasil) se retiraram da reunião na 4ª. feira
de madrugada, porque não estão sendo concretizadas as ajudas econômicas aos
países que sofrem os efeitos das mudanças climáticas, nem aos países vítimas de
catástrofes meteorológicas.
São quase 20 anos
de negociações climáticas, frustrações e fracassos, e as ONGs, segundo
informações, deram um ‘basta já’. São centenas de observadores da sociedade
civil que se retiraram da reunião sob o olhar da imprensa presente à reunião, e
jogaram no lixo as credenciais oficiais. Foi uma demonstração clara e ruidosa de
aborrecimento com o rumo das reuniões. Esse é o ‘clima’ da reunião 19 COPs. Um negociador
propôs, inclusive, reunir-se em outro local onde realmente desse para falar
sobre o assunto.
Naturalmente os
manifestantes não deixarão de comparecer às outras reuniões nos países da vez –
Peru, Paris... para protestar, pressionar, cobrar...
BRASIL – Temas da
semana: 1- Prisão de Mensaleiros na Papuda já rendeu páginas de comentários e
horas de noticias além de esclarecimentos do que seja prisão em regime fechado
e em regime semi-aberto, que, ao que parece, os amigos dos mensaleiros entendem
que pode funcionar como um clube de onde se entra e sai na hora que quiser. Não
é bem assim. 2- Cassação dos políticos condenados. – ignorância ou vontade de
criar factoides e protelações, o teatro montado não tem data para encerrar a
função. 3- Anulação da sessão que aprovou no Congresso, por ampla maioria, a
eleição de Castelo Branco para governar o país após a fuga de Jango e posse do
presidente da Câmara Ranieri Mazzilli, foi um ato inoportuno de desrespeito à
história.
Trazer à baila os anos após a renúncia do presidente Jânio Quadros é
criar factoides para desinformar – ou melhor, deturpar a verdade que incomoda a
alguns.
Teria sido um erro a abertura política e a anistia ampla e irrestrita
de 1985?
Para encerrar – os mensaleiros deverão devolver aos
cofres públicos quantias já estipuladas no processo que os condenou. Não custa
perguntar se o governo vai ressarcir os aposentados,
por exemplo, que no período em que lhes foi concedido o direito ao empréstimo
consignado através de um banco criado especialmente para isso (governo Lula), tiveram seus vencimentos reduzidos à metade. Parece
que há uma relação entre ambos os casos.