Quando se propagava
que o feriadão da Proclamação da República havia interrompido o andamento de
execuções das penas dos mensaleiros, o ministro do STJ – Joaquim Barbosa – numa
demonstração de responsabilidade surpreendeu a nação com a decretação das
primeiras prisões dos réus já condenados.
Nada mais justo que
num país onde a democracia é uma conquista dos cidadãos, que todos os cidadãos,
inclusive os políticos, uma vez julgados, após ampla defesa, tudo feito às
claras, cumpram suas penas. São políticos presos – em cadeias para ‘políticos’,
segundo nota da imprensa.
O anúncio da
execução das penas, a apresentação dos condenados de acordo com as Leis
brasileiras, soou como uma esperança. Esperança de que, embora tarde, a justiça
se faça e que as instituições prevaleçam.
A fuga para a
Itália do Sr. Pizzolato, um dos réus do Mensalão, abre a perspectiva de uma
continuidade das investigações; é claro que há muito mais a esclarecer sobre o
assunto.
Muito há ainda por
fazer, não só em relação a esse julgamento. O modelo político vicioso com
partidos que de democracia só entendem o que lhes convém em termos de alternância
de poder, precisa ser mudado. Digamos, ‘aperfeiçoado’ como costumam dizer os
lideres políticos. A ação deletéria de
grupos sem consciência patriótica precisa de um basta.
Nossa repulsa não é
contra este ou aquele cidadão que desmereceu a confiança dos cidadãos
brasileiros. É contra a falsidade e contra a mentira acintosa do comportamento
desses indivíduos ora em evidência e de seus seguidores.
Que o simbolismo deste
ato -
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‘Seja um pálio de luz desdobrado / Sob a larga amplidão destes céus / Este
canto rebel que o passado/ Vem remir dos
mais torpes labéus’ ...