Conviver nesta
‘Babilônia’ globalizada exige às vezes muito mais do que espírito esportivo. No
geral, a paciência anda curtinha, curtinha.
A falta de uma
autoridade moral que imponha limite aos atos de violência, e faça respeitar
regras mínimas de convivência, especialmente em se tratando de uma democracia
como é o Brasil, tem agravado a situação gerando conflitos os mais variados.
É preciso que as
pessoas aprendam a mudar o foco antes de sair agredindo os outros. Pare para
pensar como se sentiria se fosse tratado como você trata os outros. O mundo
seria melhor quando cada um, antes de agir ou falar, se colocar no lugar do
outro para ouvir o que ele tem a dizer e poder analisar as consequências de sua
fala ou atitude.
Há uma técnica
interessante para se colocar no lugar do outros, que qualquer um pode por em
prática. Uma delas é o uso de duas cadeiras.
É simples:
As
Duas Cadeiras – cadeira 01 e cadeira 02. Coloque duas cadeiras uma em frente a outra. Sente
na cadeira número um e dirija-se à ‘pessoa’ da cadeira 02. Fale tudo o que acha
que deve dizer: acuse, reclame, questione, etc. Depois mude-se para a cadeira
02 olhando para a cadeira 01 e dê a resposta para a personagem (você própria). Vá
alternando de lugar e dialogando tantas vezes quantas for necessário até esgotar
o assunto que a preocupa, aborrece ou constrange. É um método mais racional do
que o contar até 10, por exemplo, pois você terá oportunidade de ver o problema
por outro ângulo que você não conseguia ver.
Terapia
Ocupacional - Um amigo da família, psicólogo
que trabalhava num hospital psiquiátrico, um dia apareceu em casa e desabafou. Além
dos problemas mentais dos doentes ainda tinha que aguentar uma burocracia
desastrosa para o bom andamento do trabalho hospitalar. Precisava de uma
alternativa para não acabar doente também. Estressado, passou em uma loja e
comprou lã e agulhas de tricô; estava tricotando (!). Aplicou a si a terapia
ocupacional de que tanto se fala.
É sabido que todo e
qualquer trabalho manual ajuda a distender as tensões nervosas: desenho, pintura,
tocar um instrumento musical, escrever, fazer artesanato em geral, praticar jardinagem,
etc., também são muito relaxantes além, de no final, ter a satisfação de ver
algo feito com as próprias mãos.
Jogo
da Associação de Palavras – naturalmente nossas atitudes
têm lá suas raízes no subconsciente. Lidar com esses fantasmas requer
habilidade. Uma técnica para descobrir o que nos incomoda tanto, a ponto muitas
vezes descarregar nos desafetos, é fazer o jogo da associação de palavras. É simples:
- Escreva a primeira palavra que vier à mente, e, depois, sem pensar, vá escrevendo
as palavras que forem surgindo na lembrança automaticamente. Não se preocupe
com os ‘saltos’ que ocorrem para assuntos e temas completamente diferentes. Vá escrevendo
até que haja uma interrupção natural. Pare e analise a última palavra que você escreveu.
Lá está a chave de todo o problema, estresse, aborrecimento... Depois, é só
aplicar a conversa consigo própria.
Aprender a
perdoar-se é importante para vencer problemas engavetados... Não é fácil. Não custa
tentar. Mude o foco. Experimente.