segunda-feira, 11 de novembro de 2013

AS COINCIDÊNCIAS E O CULTIVO DE CONFLITOS PARA IMPERAR INDICAM IMATURIDADE.

Mais uma segunda feira. Fim de ano chegando a galope. O dia ensolarado promete calor e chuvas. Tudo normal para um país como o Brasil quando se fala de natureza. Aproveitei para fazer exercícios de “ensolar” e “empalmar” para fortalecer os olhos, isso após um alongamento para espantar a preguiça... Mais um cafezinho com mel.
Da leitura das noticias do dia, somadas às da semana passada, continuamos com a mesma imagem de um mundo sem rumo definido. O conjunto da humanidade não está só em busca de uma identidade, como falta maturidade. Aqui no Brasil, por exemplo, governantes agem de forma tão dispersiva como crianças brincando de casinha, de escolinha, de trenzinho... e por aí vai.
Estamos na semana em que se comemora mais um aniversário da Proclamação da República. País de riquezas imensas mal cuidadas e um povo tratado como moeda de troca no jogo de interesses na autopromoção de ‘lideres’ pré-fabricados que fazem de tudo para se tornarem indispensáveis.  Especialmente quando se trata de fazer de conta que são os apaziguadores da sociedade insatisfeita com o rumo da falta de ordem em todos os setores da vida pública.
O comportamento do governo no caso das agitações violentas que atingiram as grandes cidades do país, em particular São Paulo e Rio de Janeiro, nos fez lembrar o conto ilustrativo do ‘Roque não me toques’ que minha avó usava quando surgia alguma querela entre as crianças; era a história de duas crianças em que uma cutucava a outra que gritava para a mãe: - “Mãe, o Roque me cutucou” – a mãe repreendia: - “Roque não o toques...” Obediente ele ficava quieto, mas o irmão provocava: - “Toca-me Roque!” – e tudo recomeçava. Em resumo, criam situações para justificar a constante presença no palanque político do desentendimento cultivado. Ou pensam que tudo é mera coincidência? Aliás, coincidência demais dá para desconfiar.
Como ia dizendo, é semana comemorativa da Proclamação da República. Como seria um Brasil monárquico, por exemplo? É claro que os políticos aboletados no poder não querem nem ouvir falar no assunto. Não lhes interessa. A resposta é que o país é novo, e estamos aprendendo (sic). Se a média de vida do cidadão é de 70 anos e muitos ainda se comportam de forma infantil, e a educação continua cada vez mais deteriorada, a opção é puxar a orelha de  quem assumiu o poder e, em vez de trabalhar, continua se comportando como colegial de férias, ou fazendo campanha. Se eles, ao assumir o poder, não sabiam, por exemplo, que obras públicas feitas há mais de 30 anos  necessitam de conservação, melhorias e ampliação é porque não merecem o cargo que ocupam. O que fazer para reverter essa situação? Reforma política só dará resultados se os políticos deixarem de se comportar como cidadãos privilegiados, ‘indispensáveis’ e trabalharem com afinco, sem preguiça.

Até o momento a República tem servido aos políticos; poucos têm servido à República. O cultivo de conflitos – de classes, de etnias, de ideologias - para continuar a imperar é sinal de imaturidade em todos os sentidos.  A Nação brasileira necessita de políticos que trabalhem realmente pelo bem de todos.