Os diferentes
povos, através da história da humanidade, desenvolveram hábitos alimentares de
acordo com o habitat em que viviam. A humanidade já passou por muitas
adaptações a diversos cardápios, de acordo com a disponibilidade de alimentos.
Comer faz parte da vida. É a alimentação que garante a sua continuidade. E ao que se saiba a produtividade da natureza
está intimamente ligada a uma espécie – a abelha melífera – responsável pela
polinização das plantas, o que garante a produção de alimentos. Elas estão
desaparecendo, morrendo, sendo envenenadas por agrotóxicos... Correm o risco de
serem extintas, justo elas que antecederam o homem na face da Terra. A
tecnologia poderá substituí-la? Para quem acha que já dá para produzir
alimentos em laboratório a partir de uma célula, sim. Duvido que o sabor desse
alimento artificial substitua a química natural de um bom produto natural.
Mel é um dos
alimentos mais apreciado independente das tradições e hábitos culturais ou
origem étnica dos cidadãos. Frutos, os mais variados - chegar, colher e
saborear - só não são apreciados pelos que já estragaram o paladar com
alimentos antinaturais. Legumes e verduras dão trabalho para preparar, mas vale
a pena o ‘sacrifício’ pelos benefícios que produzem no organismo. Grãos,
cereais, massas, carnes, peixes, bebidas, não são proibidos; o que vale é o bom
senso em seu uso.
Muitos valores
foram esquecidos pela aculturação
intensa dos povos que levou a adoção de novos hábitos; as conquistas da
tecnologia, da ciência e do progresso caminharam na contramão do desejado. Tentam revalidar costumes como o da dieta do
Mediterrâneo onde as frutas, os legumes, peixes, grãos integrais e o azeite,
procuram salvar o que parece ser o melhor em termos alimentares.
O homem, e os animais
domesticados por ele, demonstram um processo evolutivo nos hábitos alimentares
e consequentemente, um processo degenerativo crescente culminando com doenças
já chamadas de ‘hereditárias’ – naturalmente via mesa.
Nas grandes
construções megalíticas mais antigas, os arqueólogos se surpreenderam por não
encontrar indícios de objetos domésticos que demonstrassem o uso da ‘arte
culinária’. Certamente o hidromel e as
frutas suculentas eram a base da alimentação. Sabe-se que havia vastas áreas
florestais. Estudos páleo-dietéticos indicam que tipo de alimento era consumido
no passado remoto. O desgaste dos dentes, por exemplo, é uma forma de
identificar o tipo de dieta desses ancestrais. O ‘homo Erectus’ que ocupou boa
parte da Ásia, Europa e parte da África tinha uma alimentação mais onívora que
seus antecessores, incluindo frutas, brotos, folhas e raízes. Talvez já usasse
leite, carnes, ovos, porém sua alimentação básica era vegetariana. Ele já
começava a apresentar doenças com alterações ósseas características de
hepervitaminose A. O seu sucessor – o Homem de Neardenthal já usava plantas
medicinais. Foram detectados sinais de artrite reumatóide.
Um novo homem, a
partir da Criação de um servo / trabalhador braçal e uma nova atividade, a
agricultura e produção de cereais (trigo, lentilha, milho, arroz, feijão, etc.)
com a fixação do homem ao solo, passa a registrar outros tipos de doenças e degeneração
física. A civilização dos cereais tem seus dias de vida encurtados.
Não parou por aí. A
produção em larga escala usando defensivos agrícolas, adubos, associada a toda
uma gama de processos de industrialização, tem feito sua parte. Quanto mais
longe do natural vive o homem, quanto mais consome carnes e produtos com
conservantes, maior é o grau de degeneração física, pois comer errado contribui
para romper as defesas naturais do organismo, a ponto de crianças já nascerem
com tendências para esta ou aquela doença degenerativa. Os resultados,
naturalmente estão a indicar que há algo de muito errado nos hábitos alimentares
dos humanos.
Já foi comprovado
cientificamente que uma dieta frugívora racêmica cura qualquer doença. Toneladas de alimentos saudáveis são produzidas
e descartadas diariamente. Abelhas estão morrendo. Correm o risco de
desaparecer. E, com ela o homem. Não precisamos de uma terceira guerra mundial.
A morte será pela boca, mesmo.