Como República somos um país jovem. Como país descoberto/achado, nem tanto.
E o povo que aqui vive não saiu do nada. Aprendemos desde antes de ir para os
bancos escolares, que no Brasil vivem povos oriundos das mais diversas regiões
do mundo e de todas as etnias. Cada um tem sua cultura, suas tradições, seus
costumes, em fim, tem uma mentalidade diversificada e muitas virtudes e vícios
(também) que para cá foram trazidos pelas caravelas e embarcações a vapor que
cruzaram o Atlântico desde o século XV/XVI... Estamos no século XXI e não param
de afluir cidadãos.
Todos os nascidos no país, ou que aqui se radicaram, são brasileiros.
Temos, no entanto, vários brasis. Não só o rico e o pobre; o litorâneo e o do
sertão, o da floresta, mas há expressões naturais de dominação de diferentes
grupos de acordo com suas origens. São brasis tão distintos como o que ocorre na
União Européia, dentro do Continente Europeu. De certa forma o Brasil também é
um continente, que tem na lingua pátria a sua unidade; no mais, reina a
diversidade. O gaúcho dos pampas, o catarinense das serras, o paranaense do
planalto, o paulista, o carioca, o mineiro, o baiano, o nordestino, o
pantaneiro, o amanuense, etc... tem características próprias cujas raizes
ultrapassam fronteiras, tal qual os negros, os mestiços e os nativos que também
tem sua diversidade marcante, e que costumam ser tratados de forma
generalizada. Este povo da nação brasileira forma um verdadeiro quebra cabeças;
na verdade é uma colcha de retalhos, que como retalhos tem sua consistencia,
cor, textura, qualidades, etc.
Os politicos oportunistas, tanto do passado como do presente, que se
assenhorearam do poder e que do alto de sua soberba não querem reconhecer que,
como Nação livre e independente, é preciso uma nova mentalidade na forma de
conduzir o país.
O modelo está esgotado. A alternância no poder tem sido mais do mesmo, com
raras exceções, desde a Proclamação da República - data que hoje se comemora -
tem-se limitado a troca de pessoas cuja mentalidade está mais próxima dos
tempos da Casa Grande e Senzala do que de uma República Democrática Federativa
e Independente. O cultivo da desunião entre os cidadãos brasileiros tem ganho
uma dimensão pouco cristã e menos democrática, com forte acento de
ditatorialismo castrador e intimidador.
O ‘nós e eles’ dos que querem reescrever a história de forma oportunista
não promove o progresso nem a união. O modelo está esgotado de há tempo. Eleições
democráticas, só serão democráticas se houver oportunidade para que novas
expressões de diferentes regiões também ocupem cargos majoritários na
República. Um regime parlamentarista, por exemplo, com mais flexibilidade na
troca de pessoas que resultem incompetentes, seria uma solução.
Notamos que, após a abertura politica
a mentalidade dos governantes oscilou entre o chororô da seca e a
pujança do sudeste / paulista. O Brasil é muito mais do que isso. É a esse
detalhe que quero chegar. Mentalidade nova incluindo lideranças com mais verde
amarelo e menos regionalismos. O país precisa respirar e vivenciar ventos novos
com predominio de uma mentalidade que tenha um olhar mais universalista do Brasil, que
tenham os pés no chão, projetos viáveis e, principalmente tenham capacidade
para realizá-los.
Lembrete cívico - Da Abertura
Política com eleições indiretas até o presente momento tivemos os seguintes
governantes:
Presidente –
Tancredo de Almeida Neves –mineiro- (faleceu antes de tomar posse). Assumiu o
Vice – José Ribamar da Costa Sarney. (1985 a 1989) (maranhense).
NOVA REPÚBLICA -
Eleições Diretas:
1º Presidente – Fernando Affonso Collor de
Mello (1989 – 1992) – (alagoano) -sofreu impeachment. Foi substituído pelo
Vice: Itamar Augusto Cautiero Franco (1992 – 1994). (baiano)
2º/3º Presidente –
Fernando Henrique Cardoso – (RJ) -exerceu dois mandatos consecutivos (1994 –
2002) – Vice: Marcos Maciel (pernambucano)
4º/5º Presidente –
Luiz Inácio Lula da Silva – (pernambucano) - exerceu dois mandatos consecutivos
(2002 a 2010); Vice: José Alencar da
Silva (mineiro).
6º Presidente – Dilma Rousseff – (
2011 – a......) – (mineira) - Vice: Michel Temer (paulista).