Diariamente costumo
dar um giro pelas notícias. Nem sempre escrevo de imediato sobre os temas.
Prefiro acompanhar o desenrolar dos fatos para ver de onde sopra o ‘vento’...
Os assuntos são
variados. Para hoje selecionei três: as manifestações (im)populares; o leilão
do petróleo do pré-sal do campo de Libra; e a invasão do Instituto Royal em São
Roque.
As manifestações iniciadas em Junho somam
96, segundo informações; elas se caracterizam pela presença de grupos que promovem
confrontos com a polícia e destruição de toda sorte. Já há comentaristas
dizendo que esse comportamento tornou-se uma característica dos movimentos no
Brasil (sic). O que deveria ser uma manifestação popular pacifica foi
bruscamente seqüestrada por mascarados. Ou seja, adeus às verdadeiras
manifestações populares... Os que apostam quanto pior melhor, devem estar
felizes, pois estão conseguindo intimidar o adversário político ou não,
transformados em inimigo. Eles agem num sistema onde a ação coletiva protege os
participantes do grupo num ‘anonimato’ hipócrita onde ninguém será
responsabilizado pelos crimes que cometer. Foi o que aconteceu no Rio de
Janeiro onde houve prisões, porém logo depois os manifestantes predadores foram
soltos sob a alegação de que não havia provas... Tudo o que foi registrado
pelas câmeras de TV e o rastro de depredação deixado não são provas?
Leilão
do petróleo do pré-sal – Campo de Libra – Um leilão com um
(01) participante! Só no Brasil! Um verdadeiro teatro eleitoreiro para enganar
a população que pouco ou nada entende do assunto. Não vou dar uma aula de
geologia nem de recursos petrolíferos. O campo em questão está a sete mil
metros (7 km) abaixo do nível do mar. Para chegar lá é preciso mais do que
discurso. Vencer água, camada de rochas, camada de sal até chegar aos depósitos
cujas estimativas são milionárias. Mas, a própria Presidenta, em sua fala,
admitiu que para chegar lá é precisar construir super plataformas que suportem
as super máquinas especializadas que também precisarão ser fabricadas o que
demanda mão de obra e investimentos milionários. Mais toda a infra-estrutura
para transportar, armazenar e industrializar o petróleo que deve estar lá em
baixo. E, daqui a alguns anos os royalties do petróleo do pré-sal que foram aprovados
pelo Congresso para a Educação e a Saúde estarão chegando ao seu destino. O
recado foi dado. Cada cidadão continue a levar sua vidinha. Ou seja, não dá
para contar com o ovo antes de a galinha botar, já diz a sabedoria popular.
Quem viver verá.
Invasão
do Instituto Royal (São Roque – SP)- o que aconteceu
lá vai além dos limites da irresponsabilidade. Roubo dos animais, depredação do
laboratório, destruição das pesquisas...
Não estamos aqui para aplaudir nem para punir. Estamos fazendo uma chamada
à razão. É inadmissível que em pleno século XXI as pessoas se comportem de
forma retrógrada. Se não aprovam o que está sendo feito, façam algo melhor para
substituir no mais curto espaço de tempo o que consideram errado. Sem
hipocrisias, nem chantagem emocional façam um exame de consciência e, admitam
quantos benefícios já usufruíram por conta do que a ciência já contribuiu para
melhorar sua qualidade de vida, não só nesse caso.
Essa ocorrência me
fez lembrar uma expressão usada por colegas de São Roque em tempos de Faculdade
para chamar à realidade as pessoas sem noção: – “‘Boco moco”. Estão fazendo por
merecer o epíteto. Inteligência é para ser usada de forma positiva onde o bom
senso prevaleça.
Acompanhar os
noticiários em geral não é fácil. Felizmente há um jornalismo sério e
independente que diz as coisas como tem que ser ditas, sem meias palavras.