- “Recordar é viver. Hoje acordei pensando em
você...” – diz uma canção.
Hoje, dia do Professor, eu acordei lembrado de
vocês, meus professores.
Foram muitos. São nomes e rostos a desfilar em
minha mente. A começar pela minha primeira professora, no Grupo Escolar Ataliba
Leonel, a dona Meire Hernandez. Depois, no segundo ano foi a professora Ruth
Sodré, a dona Raquel Dardes no terceiro ano primário, e a dona Julieta Viana
Simões no quarto ano.
Depois fui estudar no ginásio. E muitas outras
lembranças dos professores e professoras do Ginásio - Escola Estadual Cel.
Nhonhô Braga, criado e construído em 1935, que foi considerado um dos melhores
do Estado de São Paulo; contava com
curso ginasial, Clássico, Científico e Escola Normal. O quadro de professores
era de alta qualidade, exigentes que sabiam motivar os alunos.
O currículo escolar era amplo.
Destaque para os
professores titulares das diferentes disciplinas:
Latim – prof. Antonio Hailer; (ensinou a usar o
dicionário para melhorar o vocabulário);
Português: professora Maria Aparecida Fonseca e
Prof. Hélio Magdalena ( o orador oficial das festas);
Matemática: prof. Pedro Rochel e profa. Maria José
Porto (exigente mas justa nas avaliações);
Geografia: prof. Ernesto Domingues (ilustrava as
aulas com fatos);
História: prof. Willian Saenz (brindava os bons
alunos com livros);
Desenho (Artístico e Geométrico): Maria Aparecida
Cavalheiro ( dona Chiquinha) – a artista que estimulava a criatividade e no
final do ano fazia uma exposição com os melhores trabalhos;
Música e Canto Orfeônico: Maria Abujabra e Prof.
Ruth Barreiros – indispensáveis na organização das festas cívicas e pela
solenidades escolares de formatura;
Francês: Professora Célia e Prof. Raul;
Inglês: dona Elsie e o prof. Pinheiros – (ensinava
o inglês britânico) ;
Trabalhos Manuais e Economia Doméstica: dona
Conceição P. Martini; Educação Física: dona Arlete Gatti e os professores
Gastão e Jesus Ubirajara (masc.). Eram responsáveis pelos desfiles cívicos, promoviam
competições, exibição de esportes e ginástica olímpica, etc.
Ciências – dona Juny e o prof. Leonel L. Mendes
Gonçalves.
Depois na Escola Normal – prof. Elinah Simões, Dona
Dalila Costa, prof. Moisés Sodré, etc.
Esses são alguns dos nomes; impossível lembrar-se
de todos, pois o quadro de professores passou por várias alterações e houve,
naturalmente, professores substitutos. Muitos chegavam receosos, pois a cidade
de Piraju, na época, era conhecida como ‘terra do General Ataliba Leonel’, advogado
e político que enfrentou os períodos de crises políticas de 1924, 1940, 1932.
O diretor, Professor Adolfo Basile, se impunha pelo
imprevisto. Quando menos se esperava, lá estava ele na sala de aula para
verificar pessoalmente se os alunos cumpriam com seus deveres de casa; sempre
havia os mais relapsos... Pessoalmente ele conduzia a chamada oral sobre o
assunto registrado na cartela do professor e atribuía nota.
Muitas são as lembranças desse tempo.
Depois foi a Faculdade. Outra leva de professores
que marcaram pela sua garra e determinação com aulas tradicionais em sala de
aula, aulas de campo e elaboração de monografias a partir das observações e
pesquisas feitas. Professor Antonio Rocha Penteado (Geografia do Brasil), Aziz
Nacib A’Saber (Geologia e Geomorfologia), Luiz Mello(Geografia Regional),
Flávio Pereira (Astronomia e Astrofísica), dona Conceição (Geog. Humana), dona
Francesca (Antropologia e Etnografia); Monsenhor Misiara (Cultura Filosófica e
Religiosa), John Sokoup (Cartografia), Pe. João (Sociologia), Pe. Godinho...
Como não parei de estudar, muitos outros nomes
poderiam ser acrescentados à lista. Uma aluna e muitos professores.
- Como esquecer quem fez parte de nossa vida por
tanto tempo? – A cada um, meu sentimento de gratidão pelos ensinamentos,
dedicação e exemplos que transmitiram.
Hoje é dia dos Professores. Parabéns a todos.