segunda-feira, 21 de outubro de 2013

BRASILEIROS BUSCAM OPORTUNIDADES EM OUTROS PAÍSES. AS MUDANÇAS DEVEM COMEÇAR PELO COMPORTAMENTO PRÓPRIO.

Dados oficiais dizem haver mais de dois milhões de brasileiros espalhados pelo mundo. Uma pequena minoria partiu para compor quadros de trabalho junto a embaixadas e consulados do Brasil no exterior; a grande maioria foi em busca de uma oportunidade de trabalho, para estudar e para aperfeiçoar seus conhecimentos em alguma área. É o normal no ser humano querer aprender, conhecer, participar de outras realidades e procurar novas possibilidades de melhorar sua vida.
Com o objetivo claro de conquistar uma melhor condição financeira há muitos outros que não constam desses dados oficiais. Aventureiros uns e curiosos outros; todos sonhando com uma oportunidade de melhorar de vida.
- Quantos são? – Milhões! Eles se aventuraram numa espécie de exílio voluntário com a perspectiva de regressar um dia. Países alvo desses migrantes: - Estados Unidos, Canadá, Austrália, países da União Européia
(Portugal, Grécia, Alemanha, Suíça, Reino Unido, Espanha, etc.), Japão, China, e até na América do Sul (Chile, Paraguai), América Central (Cuba), países africanos, etc.
Esse fenômeno ocorre pelo mundo todo. Especialmente entre os jovens dos países da EU, que buscam na vizinhança a oportunidade que não tem em seus países. Até o Brasil está na lista de países procurados por jovens europeus que vêem no país do samba, do carnaval e do futebol uma oportunidade – Mas a burocracia brasileira já provocou a desilusão de muitos deles. Espanhóis que procuram a Argentina, por exemplo, se dão conta de que tudo parece igual, mas é diferente. E, assim vão descobrindo o mundo, tentando se adaptar a um novo estilo de vida, uma nova forma de falar, exigências de trabalho que na maioria dos casos não realizariam em seu país de origem.
De um modo geral não é fácil a migração para outro país. Em geral os países que recebem estrangeiros querem pessoal qualificado (técnicos, arquitetos, doutores, pessoas portadoras de títulos acadêmicos, professores, etc.); que estejam com toda a documentação em dia junto à imigração e no caso da China, por exemplo, ‘ter uma boa posição econômica, experiência comprovada na atividade a que se dispõe trabalhar’.  Na Rússia, se a pessoa tiver uma gorda conta bancária será recebido de braços abertos. Em Cuba não é diferente. Ouvi dizer que Havana é um dos destinos mais procurados por turistas americanos nos últimos tempos, bem recebidos graças a seus ricos dólares... 
Tudo vale para sair da rotina.
Quem não muda cria limo como pedras no fundo de rios. A água passa e eles ficam para trás. Isso não significa que todos tenham que por o pé na estrada. As mudanças também podem e devem ser em sua postura frente à vida e aos desafios do dia a dia. Não é saindo dando porrada  que vamos melhorar o mundo. Ele só vai mudar para melhor se nós nos tornarmos melhores. Essa é a melhor mudança.
Quem se julga um anarquista e com direito de mudar o mundo – e não a si próprio -, ele está na contramão da civilização. O movimento anarquista não pressupõe o caos. Nele, ao contrário, a ordem deve ser preservada para o ideal libertário evoluir de forma orgânica.
Todos almejam mudanças. O mundo passa por mudanças tecnológicas muito rápidas. Os jovens em geral são os primeiros a se adaptar a essas mudanças; porém há insatisfação generalizada entre os jovens. Na verdade eles são ‘desocupados’. E quem não tem o que fazer, inventa para justificar sua existência. Mandar mensagens nas redes sociais não realiza ninguém. Torcer pelo time de futebol virou rotina que é quebrada com as arruaças e a violência nos estádios.
Os protestos, quebra-quebras, depredações, e toda sorte de violência praticada por jovens mascarados em ‘sua guerra contra o capitalismo selvagem’ – não passa de um slogan tolo, criado no século passado, e que já perdeu o sentido faz tempo. Ninguém vive sem capital. Nem os comunistas, nem os nativos e muito menos esses teleguiados.

Os tempos são outros. Meu avô diria: - “Um bom cabo de enxada de sol a sol resolveria essa manha...” Trabalho não mata ninguém. Mãos e mente ocupada não deixa lugar para comportamentos irracionais como o que estamos assistindo. Mudar é preciso. Mas é preciso saber o que quer fazer, e não o que quer destruir.