quinta-feira, 3 de outubro de 2013

SOFREMOS FOME NO MEIO DA FARTURA – SAÚDE COMPROMETIDA.


A recente movimentação para melhorar o atendimento na área da saúde da população carente de saneamento básico seria bem mais eficiente se fosse acompanhado de um programa de saúde e higiene alimentar. A notícia de que muitos ainda passam fome pelo mundo afora e a outra notícia do crescente aumento de pessoas obesas está a indicar que falta educação, informação, valorização de uma vida mais simples. Não basta matar a fome, mas alimentar o organismo com produtos capazes de repor energias e regenerar os tecidos para um bom funcionamento geral do organismo humano.
Recomendações não faltam: - Vitaminas são indispensáveis à boa saúde. Não se esqueça das proteínas. Qual o melhor alimento? Qual o mais nocivo ao organismo?  Cura da uva, cura da maçã, cura do alho, dieta disto e daquilo.
 A cafeína, por exemplo, não é encontrada apenas no cafezinho; ela aumenta o poder da aspirina e outros analgésicos, é por isso que é encontrada em alguns medicamentos. E em muitos outros alimentos e bebidas industrializadas sobrecarregando o organismo de quem os usa – além de contaminar o meio ambiente. 
Muitas são as informações sobre o que cura, o que previne doenças, e como alimentos ou produtos influem no bom funcionamento de um organismo. Porém é bom estar atento, pois os tais Exercícios físicos, por exemplo, nem sempre são sinônimo de saúde e longa vida, haja vista os casos de atletas sofrendo de mal súbito sem chance de sobrevivência; e muitos energéticos são verdadeiras bombas relógio.
Apesar de todas as modernidades na produção e transporte de alimentos, sofremos fome em meio à fartura. Essa é uma das maiores ameaças à saúde dos povos civilizados. E, por tabela, muitas doenças são provocadas porque a alimentação habitual não fornece todos os elementos necessários de sais minerais e vitaminas que o organismo necessita para seu bom funcionamento. Como nenhum alimento é completo nas diferentes substâncias nutricionais, é indispensável incluir no cardápio diário uma variedade alternada de diferentes tipos de frutas e hortaliças, lembrando que comida não é só carne, farinhas (massas), feijão e arroz.
Na cozinha alternativa amplamente divulgada nos últimos tempos aparecem modismos. Ora são destacadas as qualidades deste ou daquele produto milagroso. Para não cair em outro erro tentando consertar o que fazemos de forma incorreta, é preciso estudar e aprender para usar o certo na hora certa, pois quase toda a informação tem um detalhe de verdade. 
Entre os muitos temperos usados normalmente na culinária através dos tempos  sempre vem à baila o alho.
ALHO –  PROPRIEDADES: ( Calorias = 135); água (66,57%); hidratos de carbono (26,31%); proteínas  (96,76%); sais minerais – cálcio, fósforo, ferro – (0,30%); vitaminas (B1, B2, B5, C).
- Qual a importância do alho? - Alho previne inúmeras doenças, é um antibiótico natural, reduz a pressão arterial, melhora a circulação, é diurético.  Ele cura. É uma das mais antigas armas da medicina desde a antiguidade, como  informam os manuais de alimentação e notas de curiosos da culinária. A China em sua medicina natural tem nas propriedades naturais do alho um eficaz ingrediente. Os antigos egípcios também conheciam as qualidades terapêuticas do alho, como o combate a parasitas intestinais, enfermidades do coração, tumores, etc.
Ele entra na culinária como um condimento apreciado e base de pratos considerados de propriedade medicinal e restauradores de energias. Como por exemplo: Caldos, Gaspacho, Ajo Cano, etc.

‘Ajo Cano’ – era um prato comum em nossa casa. Gaspacho e Caldos para comer com ‘los tenedores’ (garfo), idem. Em comum tem como base o alho e o azeite – o segredo culinário: ambos têm qualidades medicinais comprovadas. Esses pratos simples eram usados especialmente quando alguém se queixava de inapetência ou tinha algum distúrbio gastro-intestinal. Um dia a ‘caldos’, ou a substituição da alimentação do dia por um ‘Gaspacho’, e não era necessário recorrer ao médico. Esses pratos de origem mediterrânea são rápidos de fazer, de fácil digestão e promovem a restauração das energias em pessoas debilitadas – desde crianças a idosos.

Receitinha de - ‘Caldos para comer com los tenedores’ = refogar levemente um dente de alho amassado em uma colher de azeite; acrescentar água quente, ou caldo de legumes, ou de galinha; desligar o fogo ao abrir fervura. Colocar  numa pequena tigela uma porção de pedaços de pão amanhecido cortados com a mão e verter o caldo em cima.  Servir.

 (Nota: o garfo – ‘tenedor’- serve de lembrete de que o caldo deve ser ingerido aos pouquinhos, com calma; uma ‘pisca’ de cada vez).