A recente movimentação para melhorar o atendimento na área da saúde da
população carente de saneamento básico seria bem mais eficiente se fosse
acompanhado de um programa de saúde e higiene alimentar. A notícia de que
muitos ainda passam fome pelo mundo afora e a outra notícia do crescente
aumento de pessoas obesas está a indicar que falta educação, informação,
valorização de uma vida mais simples. Não basta matar a fome, mas alimentar o
organismo com produtos capazes de repor energias e regenerar os tecidos para um
bom funcionamento geral do organismo humano.
Recomendações não faltam: - Vitaminas são indispensáveis à boa saúde. Não
se esqueça das proteínas. Qual o melhor alimento? Qual o mais nocivo ao
organismo? Cura da uva, cura da maçã,
cura do alho, dieta disto e daquilo.
A cafeína, por exemplo, não é
encontrada apenas no cafezinho; ela aumenta o poder da aspirina e outros
analgésicos, é por isso que é encontrada em alguns medicamentos. E em muitos
outros alimentos e bebidas industrializadas sobrecarregando o organismo de quem
os usa – além de contaminar o meio ambiente.
Muitas são as informações sobre o que cura, o que
previne doenças, e como alimentos ou produtos influem no bom funcionamento de
um organismo. Porém é bom estar atento, pois os tais Exercícios físicos, por
exemplo, nem sempre são sinônimo de saúde e longa vida, haja vista os casos de
atletas sofrendo de mal súbito sem chance de sobrevivência; e muitos
energéticos são verdadeiras bombas relógio.
Apesar de todas as modernidades na produção e transporte de alimentos, sofremos
fome em meio à fartura. Essa é uma das maiores ameaças à saúde dos povos
civilizados. E, por tabela, muitas doenças são provocadas porque a alimentação
habitual não fornece todos os elementos necessários de sais minerais e
vitaminas que o organismo necessita para seu bom funcionamento. Como nenhum
alimento é completo nas diferentes substâncias nutricionais, é indispensável
incluir no cardápio diário uma variedade alternada de diferentes tipos de
frutas e hortaliças, lembrando que comida não é só carne, farinhas (massas),
feijão e arroz.
Na cozinha alternativa amplamente divulgada nos últimos tempos aparecem
modismos. Ora são destacadas as qualidades deste ou daquele produto milagroso. Para
não cair em outro erro tentando consertar o que fazemos de forma incorreta, é
preciso estudar e aprender para usar o certo na hora certa, pois quase toda a
informação tem um detalhe de verdade.
Entre os muitos temperos usados
normalmente na culinária através dos tempos sempre vem à baila o alho.
ALHO – PROPRIEDADES: ( Calorias =
135); água (66,57%); hidratos de carbono (26,31%); proteínas (96,76%); sais minerais – cálcio, fósforo,
ferro – (0,30%); vitaminas (B1, B2, B5, C).
- Qual a importância do alho? - Alho previne inúmeras doenças, é um
antibiótico natural, reduz a pressão arterial, melhora a circulação, é
diurético. Ele cura. É uma das mais
antigas armas da medicina desde a antiguidade, como informam os manuais de alimentação e notas de
curiosos da culinária. A China em sua medicina natural tem nas propriedades
naturais do alho um eficaz ingrediente. Os antigos egípcios também conheciam as
qualidades terapêuticas do alho, como o combate a parasitas intestinais,
enfermidades do coração, tumores, etc.
Ele entra na culinária como um condimento apreciado e base de pratos considerados
de propriedade medicinal e restauradores de energias. Como por exemplo: Caldos,
Gaspacho, Ajo Cano, etc.
‘Ajo
Cano’ – era um prato comum em nossa casa. Gaspacho e Caldos para comer com ‘los
tenedores’ (garfo), idem. Em comum tem como base o alho e o azeite – o segredo
culinário: ambos têm qualidades medicinais comprovadas. Esses pratos simples eram
usados especialmente quando alguém se queixava de inapetência ou tinha algum
distúrbio gastro-intestinal. Um dia a ‘caldos’, ou a substituição da
alimentação do dia por um ‘Gaspacho’, e não era necessário recorrer ao médico.
Esses pratos de origem mediterrânea são rápidos de fazer, de fácil digestão e
promovem a restauração das energias em pessoas debilitadas – desde crianças a
idosos.
Receitinha de - ‘Caldos para comer com los tenedores’ = refogar
levemente um dente de alho amassado em uma colher de azeite; acrescentar água
quente, ou caldo de legumes, ou de galinha; desligar o fogo ao abrir fervura.
Colocar numa pequena tigela uma porção
de pedaços de pão amanhecido cortados com a mão e verter o caldo em cima. Servir.
(Nota: o garfo – ‘tenedor’- serve
de lembrete de que o caldo deve ser ingerido aos pouquinhos, com calma; uma
‘pisca’ de cada vez).