Mãe Natureza foi generosa. Reza a
história que os deuses criaram um Paraíso e colocaram o homem para tomar conta.
Um dia, Adão e Eva comeram os frutos de uma nova árvore que estava sendo
cultivada – certamente uma espécime nova trazida do algures cósmico – e que
necessitava de tempo para sua adaptação ao novo ambiente. Foram expulsos. Desde
então o homem cultiva o solo e cria gado, colhe frutos, pesca, caça, e...
Aprendeu também a minerar, industrializar, construir, fazer guerras, etc. O
meio ambiente era amplo e oferecia inúmeras opções de ocupação. Ocupar espaços
passou a ser seu objetivo.
O homem aprendeu a observar o mundo ao seu redor. Passou a perceber suas
nuances. Suas riquezas. Suas belezas. A vida pululante nas matas, nos rios, nos
mares. Tudo aquilo à sua disposição! A fartura era tanta em alguns lugares
(ecossistemas) que não se preocupava em repor o que retirava da natureza. Esta,
no entanto ia se renovando, interagindo e brincando de repor estoques.
O homem, por força de sua condição de ocupante do meio ambiente, passou a
observar outros detalhes do mundo ao seu redor: chuva, sol, ventos, frio, calor.
Começou a explicar as variações conforme sua conclusão obvia, científica e ou
fantasiosa.
No geral não mudou muito. Do misticismo, atribuindo aos deuses os bons e
os maus momentos, passou a atribuir aos seus semelhantes todas as variações
climáticas, e, com o dedo em riste vai acusando o homem pelas alterações
verificadas em curtos espaços de tempo. Criou-se até uma espécie de ‘religião’
com gurus a pregar o aquecimento global. Como o desenrolar de toda essa
história está rendendo dividendos, novos capítulos serão escritos com cores bem
vivas. Ironias à parte, os aquecimentistas devem começar a se preocupar com os
agasalhos; como diz a sabedoria popular ‘o inverno, o lobo não o come’...
Exageros à parte, os ambientalistas defensores do planeta têm seus
méritos, pois despertaram a consciência para a necessidade de um uso mais
respeitoso e equilibrado do que a Natureza nos oferece.
Seus precursores foram os alternativos. Os alternativos dos anos 70/80
foram substituídos por outro tipo de fanatismo: os ambientalistas. Com uma
diferença: aqueles abriam mão das comodidades da civilização e progresso das
cidades migrando para o campo para viver em comunidades. Os ambientalistas
ocupam espaços em Congressos sem abrir mão das cidades e do ar condicionado,
carros, e todas as modernidades da civilização. São do tipo façam o que digo,
mas não façam o que eu faço. E conseguem viver confortavelmente com essa nova
profissão (!)
No Brasil temos uma Política Nacional de Meio Ambiente – (Lei 6.938 – 31/08/1981)
que diz que ‘Meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influencias e interações
de ordem física, química, biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
suas formas’.
- O que estamos fazendo pelo e com o meio ambiente?
– Tudo e nada. Cartas
de boas intenções e promessas... Só vou acreditar, vendo. Da teoria à prática
tem um longo caminho.