sábado, 19 de outubro de 2013

AGENDA E PAUTA DE HOJE: - ECLIPSES – DA LUA, DO BOM SENSO

O eclipse da Lua de ontem chamou minha atenção. Mais um espetáculo para apreciar e fugir da mesmice dos noticiários: greves, passeatas, violência, política com mais do mesmo... Como não sou jornalista, nem tenho ‘patrão’ e minha pauta é livre, hoje o assunto será sobre os astros do céu, porque os da terra não querem ser biografados. Ia falar da polemica das biografias não autorizadas. Desisti. Afinal, eles fizeram de tudo para aparecer e se tornar famosos... E, agora não querem ser lembrados, ignoremo-los e falemos dos astros de verdade  que brilham nos céus roubando todas as cenas menores dos terráqueos.
No momento – Eclipse da Lua. Eclipse é o obscurecimento total ou parcial de um astro pela interposição de sombras que se projetam sobre ele. Para nós, na Terra, os eclipses do Sol e da Lua são frequentes e em geral muito pitorescos: parciais, totais, anulares... O show que eles proporcionam dura de alguns minutos a horas dependendo da posição dos astros em conjunção durante seu movimento orbital.
Ontem à noite houve mais um desses espetáculos. A Lua passou pela sombra projetada da Terra no espaço, porém esta sombra, mais tênue, não a obscureceu totalmente. Vi parte do eclipse. Porém, nuvens se interpuseram e até parecia que ‘silfos’ estavam brincando de soprar nuvens escuras sobre a Lua formando manchas fantasmagóricas que se diluíam rapidamente.
O primeiro eclipse total do Sol que tive oportunidade de observar ocorreu em tempos de escola – 4º. Ano primário. Ocorreu na parte da manhã. A nossa professora, na véspera deu uma aula explicando o fenômeno e recomendando que levássemos o negativo de um filme fotográfico ou um pedaço de vidro transparente. Na hora em que ia começar o eclipse todos os alunos foram para o páteo da escola. Com a fumaça de uma vela os vidros que os alunos levaram foram obscurecidos para que pudéssemos olhar com segurança para o Sol e acompanhar o avanço da sombra se projetando sobre ele. Assim que começou a escurecer, os alunos foram dispensados para voltar para casa enquanto ainda havia claridade. Eu morava do outro lado da cidade em uma chácara. Eu e meus dois irmãos voltamos apressados para casa. Quando chegamos já era noite e as estrelas brilhavam no céu. Foi divertido ver os animais se dirigindo para o curral e as galinhas empoleiradas; eram apenas nove horas da manhã. Quando começou a clarear, os dois galos – um Carijó e outro Rhodia começaram a cantar; depois, enquanto desciam pela escada que dava acesso ao  poleiro, olhavam para o alto com desconfiança. Permaneceram no terreiro por algum tempo cocoricando e ciscando até se decidirem a ir para o bananal onde normalmente passavam o dia.
Houve outros eclipses do Sol visíveis no Brasil, porém aquele foi único.
O céu sempre me chamou a atenção. Ver ‘el camino de Santiago’ – (Via Láctea) – como se dizia entre os espanhóis, era uma distração nas noites luminosas do interior paulista. Vi muitos meteoros cruzando os céus e cometas com suas lindas caudas. Vi também algumas conjunções de planetas e estrelas mudando de posição, ou melhor, fazendo a curva de volta do seu longo caminhar no espaço; parecia que naquele movimento rápido elas iam causar algum cataclismo. Mas tudo continuava em ordem lá no maior tapete mágico do mundo.
Em tempo de Faculdade além das aulas de Astronomia e Astrofísica também tive aulas práticas de astronomia. Mas faltou oportunidade e condições para aprofundar os conhecimentos. Nessa época vi o primeiro satélite artificial colocado em órbita – o Sputnik. E, naturalmente também vi os tais objetos voadores não identificados, não só à noite como em pleno dia, como já falei em outras postagens.
Bem, o céu é o limite para os sonhos da humanidade, que se torna tão pequena em sua mesquinhez.
Um bom sábado para todos, apesar das condutas nada humanas de muitos terráqueos embarcados no planeta Terra.

Amanhã será um novo dia. E, como dizia o poeta: ‘Tudo vale a pena quando a alma não é pequena’.