AS SETAS E OS CAMINHOS
Nada é novo. São formas. Espaços. Lugares. Tempos.
Puxando os fios chega-se a algum lugar.
Mesmo que as setas digam o contrário;
e que as janelas se confundam com portas;
Que as portas pareçam muros sólidos ou suspensos no ar.
É só não desanimar...
Riscos e rabiscos servem para tudo.
Inclusive para meditar.
Ou para percorrer trilhas do mapa da mina.
Recordar o futuro que ainda não ocorreu: -
É só ligar a central da ‘intuição’.
Entrar em alfa e viajar nas ondas da imaginação.
O futuro, o presente, o passado, tudo está ali,
Num só contexto,
Ao alcance do olhar...
Visitar o futuro, lá muito além!
A luz em profusão, tempo sem fim,
No espaço infinito curvando para além do dia da Criação.
Nada é novo. Tudo é eterno.
Esse tempo sem fim que nos envolve e assusta, não passa...
Nós é que passamos.
Sentir Deus e o Universo faz parte do viver.
Quanta saudade desse tempo, dirá o poeta a sonhar...
E a meditar sobre o tempo por acontecer.
Recordar agora é seu viver.
Vejo no espelho do mundo mais que perfeito,
o futuro que nos aguarda.
Ele já nos pertence, de direito.
Oh! Quanta saudade da fonte da vida sem fim.
Aguado esse futuro de volta para mim.
Portas. Janelas. Muros. Caminhos a seguir.
Não importa se as setas não combinam com nossos anseios.