Continua
o discurso do ‘nós’ e ‘eles’ de quem nada tem de novo a oferecer, ou melhor,
para fazer pelo país. Vai polarizando as atenções, dispersando o debate sobre o
que realmente pode e deve ser feito, protelando soluções, gerando conflitos
prejudiciais à sociedade.
Quando
as coisas não vão bem, todos apontam os culpados –‘eles’ – falam em reforma das instituições e se
esquecem que as instituições são o reflexo da sociedade e dos indivíduos.
Tornou-se
prática corrente transgressões ao que está escrito na Lei (Constituição)
tentando adaptar a lei aos interesses e conveniências particulares. Com a propaganda política no ar, nota-se o
numero de candidatos que ignoram o conteúdo da Carta Magna e partem para
promessas que ferem princípios ali contidos. O que mais aborrece em um político
é ele querer assumir o poder pelo poder. E fazem de tudo, até se comportam como
camaleões fazendo alianças com ‘inimigos’ para sobreviver na briga pelo espaço político
que querem ocupar.
Reforma
política? – pode começar por aí: exigir que os candidatos tenham conhecimentos mínimos básicos da Lei
Maior que rege os destinos do país, além da História e das características
geopolíticas e culturais da nação brasileira para não ficar falando bobagens. Existem
modelos eficientes de governos mundo afora onde o governante está a serviço da
sociedade e não de grupos. O país não precisa de salvadores da Pátria. Precisa de
cidadãos honestos, dignos e respeitosos no exercício do cargo público.
Em
paralelo, ele deve conhecer a língua pátria. Português é difícil? – para quem
quer aprender tudo se torna mais fácil. Em vez de incentivar o estudo e o
aprendizado, na lei do mínimo esforço a
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) no Senado resolveu discutir uma
nova reforma ortográfica. Mais uma tentativa de aparar as arestas e adequar o aprendizado de conteúdo aos preguiçosos.
A
proposta para ‘apressar’ o aprendizado dos alunos em aprender e facilitar o
ensino consiste em que o c, ç, SS, ch (x), sejam substituídos pelo ‘s’, fim do ‘s’
com som de ‘z’, suprimir o ‘h’ do inicio das palavras, o ‘u’ de ‘quando’,
‘quero’... , acabar com o hifem.
Felizmente
compete ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa, órgão da CPLP, a
decisão e o preparo do Vocabulário Ortográfico, pois é necessário respeitar a
origem de cada vocábulo (grego, latim) – item que passou a ser ignorado nos dicionários atuais. Uma coisa é falar e outra é escrever. Mudar a
grafia não muda o problema de aprendizado.
No
Brasil já tivemos a língua falada na rua (tupi), a língua usada em casa e a
língua oficial do reino (português), usada nas
repartições além da língua usada
nos salões (francês).
Será
que nossos estudantes são menos inteligentes que estudantes de outros países
que, desde os primeiros anos de escola, aprendem três idiomas diferentes, sendo
que cada idioma tem um alfabeto diferente, como vimos na recente reportagem
feita pelo Globo Repórter sobre a Armênia? Ou do que os estudantes de Xangai
que dedicam tempo integral a aprender com vontade de crescer, melhorar sua
condição de vida?
Um
sistema educacional mais abrangente é indispensável. Mesmo pessoas esclarecidas
e de nível universitário, quando confrontadas com outras realidades do país,
custam a entender as diferenças de opinião e de comportamento dos cidadãos.
Outro item de suma importância
que os políticos estão ignorando é a
‘REFORMA’ do sistema prisional – A prisão está criando uma classe de
‘delinquentes’ especializados. A justiça burocrática e morosa permitem burlar o cumprimento eficaz das punições.
A harmonia do Universo
é o testemunho de uma sabedoria que ultrapassa todas as faculdades humanas. As
Leis que regem essa harmonia são condições suficientes para que reinem a paz e
a justiça entre os homens. Estamos ligados a elas pelos dotes naturais que nos
foram legados pela vida.
Somos dotados de: 1- instintos que traçam
limites; 2- inteligência e razão para que cada um faça suas
escolhas com conhecimento de causa; 3- liberdade para cumprir ou
infringir essas mesmas leis, para que ao
escolher entre o bem e o mal possa ter mérito e responsabilidades pelas
ações.
Através
da consciência o homem atenderá aos reclamos de um agir harmonioso respeitando
para ser respeitado no contexto da ampla família humana.