Após
a divulgação das últimas pesquisas (IBOPE) sobre a corrida presidencial, dando
um empate técnico entre Dilma e Marina, com o Aécio Neves na terceira posição,
a presidenciável do PSD – Marina Silva – se comportou no debate como ‘a
candidata’ da alternativa, da mudança, da solução de todos os problemas, que
vai unir em seu governo os melhores do PT, PMDB, PSDB, além de garantir que não tem preconceitos em relação a nenhum
dos setores econômicos do país, etc., etc., etc.
Dilma,
usando ‘cola’, conseguiu driblar as perguntas diretas, com imprecisões e escorregões nas respostas. Aécio, mais
coerente e direto nas questões propostas e nas respostas apresentadas,
demonstrou segurança quando no final chegou a anunciar o Armínio Fraga na sua
equipe econômica como Ministro da Fazenda. O Pastor Everaldo e demais
candidatos foram repetitivos e sua presença serviu para dar o tom de que
vivemos um momento de eleições democráticas que dá voz a todas correntes de
pensamento.
Faltou
clareza em respostas sobre os conselhos populares para promover o controle
social da atividade política. Temos um Congresso que é o legitimo representante
do povo, que foi eleito pelo voto direto; portanto, qualquer outro órgão que
venha a ser criado ou regulamentado, irá interferir em um poder legitimamente
constituído que acabará tendo sua competência anulada por esses conselhos.
Lembram do Congresso paralelo formando com crianças e jovens inventado pelo
Fernando Collor?
O
formato do debate é cansativo e pouco produtivo. Quem esperava uma Marina ‘sofrida’ pela perda do companheiro de chapa,
viu a candidata numa pose de ‘eu sou mais eu’, acompanhado do seu característico
fraseado onde neófitos não navegam.
Os
candidatos, a cada intervalo, eram municiados pelos seus assessores políticos.
Faltou muita coisa de interesse nacional que não foi incluída nas perguntas dos
jornalistas e que jamais seriam levantadas pelos candidatos como as invasões no
campo e em áreas urbanas. Faltou um
posicionamento quanto à política internacional adotada pelo governo atual, sobre
as migrações com fronteiras abertas, entre outras.
Não
foram solicitados esclarecimentos sobre o uso do avião destruído, e outro que
também servia à campanha do PSD. - (Por falar no avião acidentado, as
especulações ficaram por conta de uma possível falha mecânica ou humana e nenhuma
análise sobre o tipo de explosão. As leis da física têm elementos para
determinar o que pode provocar uma explosão: ex. o impacto de um objeto em movimento contra um parado (solo / prédio);
impacto de dois objetos em movimento (soma de forças); impacto produzido
internamente – cada uma dessas situações pode esclarecer o grau de intensidade
e os estragos produzidos.)
Encerrando
– novas pesquisas serão divulgadas ainda nesta semana. Aí teremos a noção real
das possibilidades da candidata Marina realizar o salto quântico em termos político-eleitorais
com um governo alternativo que, por enquanto, só existe em sua imaginação.
Façam suas perguntas...