- ‘Nem tudo é
necessariamente o que se diz que é’...
A frase repetida em
tom jocoso, numa alusão bem humorada a alguns fatos bíblicos, da canção de um
musical que ouvi recentemente, me chamou a atenção: - Nem tudo é
necessariamente o que se diz ser... Um assunto leva a outro e estamos
assistindo a uma guerra de informações sobre um período da história nacional.
Documentos para escrever os fatos como eles ocorreram, existem. No entanto, a
preguiça e o comodismo falam mais alto. E os poucos que levantam a voz
encontram pela frente uma tropa de choque paga para ocupar espaços e impedir o
debate desapaixonado sobre as questões históricas dos últimos 50 anos.
A História tem
inúmeras facetas e verdades, além de muitas mentiras, lendas, mitos, tolices,
fantasias e interpretações. Nem tudo é necessariamente o que se diz ser. Dia
primeiro de abril próximo passado, dia oficial da mentira, poderia também ser o
dia oficial da história contada ao gosto do vilão da história. Esta conclusão
obvia me ocorreu após ouvir as mais variadas versões sobre o ‘golpe de 1964’.
Tenho notado que há fatos que simplesmente são ignorados. Mas não vamos
polemizar.
Universidade de
hoje está dominada por repetidores de textos montados com a finalidade de
contar parte da verdade histórica. E o está conseguindo através dos velhos
moldes da guerra ideológica de plantar informações e conquistar adeptos
incautos entre jovens semi-analfabetos preparados para este tipo de dominação.
O que você pode
fazer para enfrentar esse inimigo disfarçado escondido dentro do livro cujo
titulo convence que aquela é que é a verdade? Temos bandidos de um lado e
mocinhos ingênuos de outro. Quem vai vencer o duelo final?
História não foi a
disciplina que mais me entusiasmou; preferi geografia – o palco onde se desenrolam
as cenas teatrais onde atores realistas se sucedem representando textos
variados e monótonos. O pior é que tem público
sedento de ação, pronto para aplaudir!
A história não
contada oficialmente tem muito mais informações do que a atual geração pode
imaginar. Esquerda ou direita, não importa. Importa a verdade, doa a quem doer.
Segui o difícil caminho do meio sem me omitir graças a minha formação baseada numa
dupla nacionalidade que me permitia um olhar diferente do que se passava.
-‘Si, si, pero mira bien.’ Frase
usada por familiares experientes alertavam que era importante olhar todos os
ângulos da questão antes de sair aplaudindo ou condenando, pois implantar
informações falsas é uma tática de guerra praticada sem escrúpulos. Falsificar
fatos acaba sendo um vicio muito em moda na política.
Os políticos
necessariamente deveriam ser os representantes do povo; a maioria, no entanto
não o está sendo.
O Brasil precisa
com urgência da presença de uma autoridade com força para restabelecer a Lei e
a ordem não só no morro do Complexo da Maré para onde irão 2.500 homens das
Forças Armadas treinados para a Guerra. A guerra surda travada entre interesses
partidários na política nacional ganhou uma dimensão tal que contradiz o que
deve ser uma verdadeira democracia. A Democracia brasileira não é
necessariamente o que se diz ser...