Sonhar é permitido
e muitos se encantam com a ideia de construir uma sociedade perfeita, aquela do
‘dolce far niente’, ou em outras palavras, o paraíso aqui na terra. A pergunta feita
em um artigo de El País, de que tipo de sociedade o brasileiro gostaria de ter,
se tipo americano ou europeu é pura divagação. Não resta dúvida que pelo espírito
tupiniquim, nenhuma das duas seria o ideal. Para o brasileiro o ideal é o da
sombra e água fresca, dinheiro no bolso, time do coração sendo campeão, muito
carnaval, praia e sol o ano inteiro – trabalhar só no gosta!
Regras para criar a
sociedade ideal, perfeita, existem. São aquelas ditadas pela consciência e
pelas Leis que devem ser iguais para todos e onde ninguém manda, mas todos
obedecem, porque é o correto.
Aí vem os
desmancha-prazer e querem tomar conta de tudo e de todos obrigando-os a dançar
conforme sua musica predileta cujos acordes são: discórdia, conflito, guerra
psicológica e toda forma de violência física até a do extermínio do ‘inimigo’
que existe em sua imaginação. Todos têm seu calcanhar de Aquiles, seu ponto
vulnerável através do qual podem ser neutralizados.
Falar em luta do
bem contra o mal, da luz e das sombras, do enganador a acusar o homem perante o
Senhor, pode parecer coisa de supersticiosos. Mas como classificar os
desmancha-prazer que entendem que sua medida deve servir para todos e que se
infiltram e corroem tudo, a começar pelos valores morais, familiares,
religiosos, culturais e tradições, solapando os recursos econômicos para manter
os cidadãos acorrentados aos seus princípios e ideologias? Eles agem em surdina
destruindo principalmente pela palavra. Por isso a Educação não pode ser deixada
exclusivamente nas mãos do Estado, especialmente se esse Estado é incompetente,
corrupto e distorce as verdades oferecendo comodidades que ludibriam os
desavisados: os pais, a sociedade e os próprios educadores cooptados para a
tarefa de doutrinação.
A sociedade ideal
depende de constante vigilância daqueles que por princípio tem como meta o bem
de todos porque isso está impregnado em seu procedimento ético e moral. O mais
é filosofia barata.