quarta-feira, 23 de abril de 2014

FERIADÃO CHEGA AO FIM – PARA COMPLETAR AS COMEMORAÇÕES, HOJE É O DIA INTERNACIONAL DO LIVRO.

Feriadão chegou ao fim, curtido em casa mesmo. Gosto de música clássica, e nada melhor que um repertório alegre, vibrante de alto astral. E, mais a companhia de um livro faz muito bem pelo seu poder transformador combatendo a preguiça mental. – “Se temos uma biblioteca e um jardim, temos tudo”. (Marcus T. Cícero). Leituras são indispensáveis para não perder referencias neste mundo contraditório.

O mês de abril concentrou um conjunto de bons motivos para comemorações, festas e homenagens: - Páscoa (dia 20);  Tiradentes (dia 21) - símbolo da luta pela liberdade do país – Brasil, que foi descoberto no dia 22 de abril de 1500...;  Brasília a comemorar mais um aniversário. Nesse conjunto ainda temos o dia do Índio (18); de Monteiro Lobato (18) – escritor referencia que abriu as portas para uma literatura nossa – e, no dia 23, o Dia Internacional do livro, ainda tão desvalorizado no Brasil.

O livro representa um elo cultural de suma importância para a educação e preservação dos valores da Nacionalidade, através dos livros didáticos, dos paradidáticos e da literatura clássica em geral.
A decadência verificada no ensino reflete o descaso pela boa literatura, pois a herança cultural é ignorada. A preguiça mental dos jovens desmotivados, associada à ação de grupos que se ocupam em eliminar esses valores, gerou um quadro negativo.
As últimas noticias sobre erros grosseiros nos livros didáticos  indicam o baixo nível cultural dentro da Educação pública. Erros não deveriam acontecer; se acontecem, devem ser corrigidos pelos responsáveis - setor gráfico, revisores de texto, autor/ autores - em sinal de respeito e honestidade para com os estudantes.
É bom lembrar que, antes do governo assumir o encargo do fornecimento de livros didáticos, em plena vigência dos governos militares, as Editoras, no final do ano letivo, enviavam às escolas um mostruário para avaliação e escolha. As opções incluíam editoras e autores diferentes. O critério usado pelos professores de cada área de estudo era o do melhor conteúdo e sua apresentação; feita a escolha, as escolas e as livrarias encomendavam os livros às Editoras. Havia tempo para revisão e correções, quando necessário, antes do livro ser impresso aos milhares. Ou a inclusão da errata que ainda é a forma mais racional para evitar constrangimentos ao setor educacional e editorial, além de prejuízos aos cofres públicos.

Atualmente a escolha é sem concorrência de autores e de editores tanto para o livro didático como o paradidático que segue o critério do politicamente correto. Uma pena que os conteúdos são de baixa qualidade, incluindo erros grosseiros. As coisas não chegaram a esse ponto por acaso. O processo tem sido metódico e constante desde a abertura política com a liberação geral dos usos e costumes e a massificação do ensino de má qualidade, numa espécie de censura às avessas.
A cabecinha dos nossos jovens foi transformada num ‘Quarto de Despejo’, onde o linguajar, sem tabus e sem reticências ou meias palavras, está surtindo efeitos negativos em seu comportamento. Não estou propondo censura, não. O que falta é senso critico e respeito na hora da escolha das leituras que respeitem o tempo de cada um. É o mínimo que se espera quando o assunto diz respeito à formação da personalidade de nossos jovens. Que cada um escreva o que quiser e como quiser, pois papel aceita tudo.  O que não vale é impor esse gênero de literatura aos alunos da escola pública.
Os resultados negativos são evidentes. Um exemplo? – Os jovens bolsistas inscritos para cursos universitários no exterior. – No lançamento do programa, vimos candidatas/os felizes por poder estudar fora – era a oportunidade de viajar, conhecer outros lugares, e estudar...  (nessa ordem!). Mas, havia uma língua estrangeira no meio do caminho. Resultado: - grande numero deles perdeu o direito à bolsa, pois após um ano de estadia no exterior não conseguiram dominar o idioma do país escolhido. Era de se esperar, uma vez que nem a língua pátria eles dominam por falta de leitura de qualidade!

Livro, um mudo que fala... – ‘é uma publicação impressa não periódica, que consta de no mínimo 49 páginas, sem contar com a capa’. (“A História do Livro” – resumo publicado em 11-04-20111 – no site: HTTP://pt.shvoong.com/writers/sanmys )