Feriadão chegou ao
fim, curtido em casa mesmo. Gosto de música clássica, e nada melhor que um
repertório alegre, vibrante de alto astral. E, mais a companhia de um livro faz
muito bem pelo seu poder transformador combatendo a preguiça mental. –
“Se temos uma biblioteca e um jardim, temos tudo”. (Marcus T. Cícero).
Leituras são indispensáveis para não perder referencias neste mundo
contraditório.
O mês de abril
concentrou um conjunto de bons motivos para comemorações, festas e homenagens:
- Páscoa (dia 20); Tiradentes (dia 21) -
símbolo da luta pela liberdade do país – Brasil, que foi descoberto no dia 22 de
abril de 1500...; Brasília a comemorar
mais um aniversário. Nesse conjunto ainda temos o dia do Índio (18); de
Monteiro Lobato (18) – escritor referencia que abriu as portas para uma
literatura nossa – e, no dia 23, o Dia Internacional do livro, ainda tão
desvalorizado no Brasil.
O livro representa
um elo cultural de suma importância para a educação e preservação dos valores
da Nacionalidade, através dos livros didáticos, dos paradidáticos e da
literatura clássica em geral.
A decadência
verificada no ensino reflete o descaso pela boa literatura, pois a herança
cultural é ignorada. A preguiça mental dos jovens desmotivados, associada à
ação de grupos que se ocupam em eliminar esses valores, gerou um quadro
negativo.
As últimas noticias
sobre erros grosseiros nos livros didáticos indicam o baixo nível cultural dentro da
Educação pública. Erros não deveriam acontecer; se acontecem, devem ser
corrigidos pelos responsáveis - setor gráfico, revisores de texto, autor/
autores - em sinal de respeito e honestidade para com os estudantes.
É bom lembrar que, antes
do governo assumir o encargo do fornecimento de livros didáticos, em plena
vigência dos governos militares, as Editoras, no final do ano letivo, enviavam
às escolas um mostruário para avaliação e escolha. As opções incluíam editoras
e autores diferentes. O critério usado pelos professores de cada área de estudo
era o do melhor conteúdo e sua apresentação; feita a escolha, as escolas e as
livrarias encomendavam os livros às Editoras. Havia tempo para revisão e correções,
quando necessário, antes do livro ser impresso aos milhares. Ou a inclusão da errata que ainda é a forma mais
racional para evitar constrangimentos ao setor educacional e editorial, além de
prejuízos aos cofres públicos.
Atualmente a
escolha é sem concorrência de autores e de editores tanto para o livro didático
como o paradidático que segue o critério do politicamente correto. Uma pena que
os conteúdos são de baixa qualidade, incluindo erros grosseiros. As coisas não
chegaram a esse ponto por acaso. O processo tem sido metódico e constante desde
a abertura política com a liberação geral dos usos e costumes e a massificação
do ensino de má qualidade, numa espécie de censura às avessas.
A cabecinha dos
nossos jovens foi transformada num ‘Quarto de Despejo’, onde o linguajar, sem
tabus e sem reticências ou meias palavras, está surtindo efeitos negativos em
seu comportamento. Não estou propondo censura, não. O que falta é senso critico
e respeito na hora da escolha das leituras que respeitem o tempo de cada um. É
o mínimo que se espera quando o assunto diz respeito à formação da
personalidade de nossos jovens. Que cada um escreva o que quiser e como quiser,
pois papel aceita tudo. O que não vale é
impor esse gênero de literatura aos alunos da escola pública.
Os resultados
negativos são evidentes. Um exemplo? – Os jovens bolsistas inscritos para
cursos universitários no exterior. – No lançamento do programa, vimos
candidatas/os felizes por poder estudar fora – era a oportunidade de viajar,
conhecer outros lugares, e estudar... (nessa
ordem!). Mas, havia uma língua estrangeira no meio do caminho. Resultado: -
grande numero deles perdeu o direito à bolsa, pois após um ano de estadia no
exterior não conseguiram dominar o idioma do país escolhido. Era de se esperar,
uma vez que nem a língua pátria eles dominam por falta de leitura de qualidade!
Livro, um mudo que
fala... – ‘é uma publicação impressa não periódica, que consta de no mínimo 49
páginas, sem contar com a capa’. (“A História do Livro” – resumo publicado em
11-04-20111 – no site: HTTP://pt.shvoong.com/writers/sanmys
)