O Brasil, pela sua
posição no continente, chama a atenção do mundo. Tendo tudo para ser um líder, não
passa de um emergente patinando: - Crescimento
econômico pífio, mergulhado em escândalos políticos envolvendo empresas do
porte da Petrobrás, má gestão publica de um Estado burocrático incompetente,
uma infra-estrutura deficiente, com inúmeros problemas sociais, saúde e
educação de terceiro mundo, inflação dando sinais de volta, e a prática de uma política
de conchavos entre ‘amigos’ e companheiros é o panorama pouco animador que
temos neste começo de ano. Especialmente porque é o ano da Copa no Brasil, que
deveria deixar um saldo positivo de melhorias nas cidades sede, principalmente,
e não é o que vai acontecer. Os aeroportos e a mobilidade urbana, por exemplo,
ficarão na boa intenção do quebra-galho.
PAC
2 –
O governo concluiu apenas um terço das
obras do PAC 2; tudo atrasado: rodovias, creches, casas (minha casa minha
vida!). Quanto a Ferrovias, uma piada. Planejada pelo governo federal em 1987,
inaugurada no governo Sarney, no governo Lula, no governo Dilma... E, no
momento, dos 4.155,6 km apenas o trecho que vai de Açailândia (MA) a Palmas
(TO), com 722 km estão prontos com a promessa de um novo trecho até Anápolis
(GO) completando 855km até o fim de 2014. Isso corresponde a apenas 18,5% do
projeto realizado em 26 anos!
Não custa prometer
que em 2014, a ferrovia tenha 2,25 mil km, quando entrará em operação o trecho
mais ao sul, que a prolongará até Estrela d'Oeste (SP).
Quando finalizada,
a Norte-Sul terá uma extensão de 4,15 mil quilômetros, atravessando Pará,
Maranhão, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O trecho entre Palmas e Açailândia
(MA) já está operando. Foram concluídos os estudos técnicos para a continuação
da obra até o Porto de Vila do Conde, em Belém. Quantos anos mais vai demorar,
não se sabe.
ELEIÇÕES
2014
– Foi dada a largada para a corrida rumo ao ‘tesouro’. A competição para
conseguir um lugar no governo onde os atrativos são muitos, como verbas de todo
tipo, propinas, conchavos políticos com negócios altamente rentáveis para eles.
Ouço dizer que a
grande maioria dos brasileiros quer mudanças, que o modelo está esgotado.
Concordo, porém é preciso que haja uma mudança de mentalidade, o que não se faz
do dia para a noite. É preciso sair da comodidade para evitar situações
semelhantes ao que está ocorrendo na Venezuela onde a população agora tem que
correr contra os estragos de uma política fora da realidade e do bom senso.
Nossos
vizinhos da América Latina olham para o Brasil como o
salvador da Pátria: – Brasileiro é bonzinho! Já perdoou dividas e ignorou
contratos não cumpridos. A quantas andam hoje as dívidas que, segundo notícia
(Folha -28-10-2013), só de fornecimento de carne à Venezuela cuja divida é de 1
bilhão de dólares. Dizia: “Brasil agora
cobra ‘calotes’ da Venezuela” – O calote se refere ao não pagamento de produtos
vendidos no mercado venezuelano que vivia e continua vivendo um grave momento
político e de desabastecimento de alimentos.
Que eu saiba, além
das ricas jazidas petrolíferas, a Venezuela tem terras produtivas de boa
qualidade. Para eles também vale o ‘em se plantando dá’... Não consigo entender
a cabeça dos ‘revolucionários’ que sufocam quem quer produzir, expropriam áreas produtivas à moda comunista,
e acham que os outros têm obrigação de sustentá-los. Psicologicamente se
comportam como aquelas crianças birrentas e mal educadas que se fazem de surdas
enquanto gritam bem alto para abafar os argumentos que não interessa ouvir;
chego a pensar que na verdade tem medo de ouvir verdades.
-
‘As palavras são anões. Os exemplos são gigantes’.
(provérbio suíço). Por falar em Suíça, eis aí um modelo político de primeiro
mundo a ser imitado. Talvez as noticias seriam bem mais animadoras sobre as realizações
governamentais ao final dos mandatos. Decididamente
é preciso uma reforma política para que os políticos incompetentes voltem para
casa e deixem espaço para gestores comprometidos com a Nação.