TEMPORAIS
x SECAS - Brasil, país tropical ocupa uma posição
geográfica privilegiada que permite a presença de massas de ar vindas do Oceano
Atlântico, portanto portadoras de umidade, bem como de massas de ar continentais
influenciadas não só pela latitude como por outros fatores como a
continentalidade, o relevo, bacias hidrográficas, florestas, etc. – Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo,
sofrem os efeitos das condições climáticas locais com inundações catastróficas –
o que é previsível por falta de visão dos gestores públicos. O Nordeste
amarga secas, não é de hoje. Já falamos da falta de gestores com vontade política
para resolver o assunto. Onde há organização, como no Pantanal Mato-grossense,
o gado é retirado na época das enchentes; a pergunta que fica é se o nordestino
não tem capacidade de se organizar para fazer algo semelhante quando a seca
chega? Os bilhões que já foram gastos lá davam para construir áreas de
confinamento suficientes para salvar os rebanhos todos.
AS
NUVENS ESTÃO MUITO BAIXAS - Você costuma olhar para o alto para ver a
nuvens se movimentando no céu? - Creio que são poucas as pessoas que se
preocupam em observar o espetáculo oferecido por nuvens em movimento, mais
altas, ou mais baixas, coloridas ou não, fofinhas como flocos de algodão, ou
carrancudas e ameaçadoras, prontas a despejar água aos cântaros. Ouvi muitas
vezes observações de que: -‘hoje as nuvens estão muito baixas’, ou ‘as nuvens
estão correndo muito baixas... Mau sinal. ’ Essa também foi uma observação em
relação à Holanda, onde as nuvens cada vez estavam passando muito baixas,
encobrindo os prédios. Aqui nos trópicos o fenômeno também ocorre. Qual a
explicação?
Cerca de 65 % da Terra é coberta
por nuvens, um fator muito importante quando se estabelece o efeito aquecedor
do CO2. Isso porque as nuvens ajudam a manter a Terra fresca refletindo os raios solares, ao mesmo tempo
que a aquece , conservando o calor. O efeito geral das nuvens baixas é o
esfriamento da Terra, de modo que mais nuvens de nível baixo implicam em
temperaturas menores. Estudiosos atribuem o fato a haver uma ligação entre a
cobertura global de nuvens de nível baixo e a chegada de radiações cósmicas. A
explicação provável é que os raios cósmicos produzem íons, que juntos em
pequenas partículas na atmosfera podem criar a base para o desenvolvimento de
nuvens muito baixas. Tudo estaria também relacionado com maior ou menor
atividade solar. A conclusão é de que quanto menor a radiação cósmica, menos
nuvens de nível baixo e, portanto temperaturas maiores.
Aquecimento
Global - Em longo prazo o que realmente pode acontecer
em termos de aquecimento ou de resfriamento global?
Olhar o passado, o registro mais
antigo de medição de temperaturas é 1659 – na Inglaterra – quando teve início o
uso sistemático de termômetros. Os estudos que projetam um possível quadro
climático no futuro se baseiam em medidas substitutivas como a observação dos
anéis de crescimento de árvores, elementos coletados a grande profundidade em
geleiras, sedimentos em lagos e fundos de oceanos, etc., elementos esses que
estiveram em situações de mudanças climáticas. Sabe-se que nos últimos 1 milhão
de anos houve uma série de oito ciclos glaciais – interglaciais decorrentes das
mudanças da órbita da Terra ao redor do Sol. Vivemos o último período iniciado
há dez mil anos. Os registros indicam flutuações de temperatura entre 5 a 8
graus centígrados num intervalo de 1.500 anos. Alguns dados observados indicam,
por exemplo, que no século XII o nível da neve nas Montanhas Rochosas era 300
metros mais alto do que atualmente. A região mais afetada pela última glaciação
foi o Hemisfério Norte – Europa, Estados Unidos, Groenlândia – e é nessa região
que estão ocorrendo grandes nevascas hoje.
Conclusões - Detalhes
que puderam ser observados dizem respeito a regiões mais povoadas. As
conclusões em geral levam em conta um elemento do clima e se esquecem do
complicado mecanismo que envolve a atmosfera – e o movimento geral das nuvens –
as grandes massas oceânicas, a superfície da terrestre, a criosfera, a biosfera...
O mais são conjecturas.
– ‘Os computadores são ruminantes de números, e
não bolas de cristal’. - ‘A incerteza básica da sensibilidade climática faz com
que modelos tenham mais ruído do que respostas sobre o clima’ (O
Ambientalista Cético – B. Lomborg).