quinta-feira, 28 de março de 2013

A DEMAGOGIA DA INCLUSÃO - TRABALHO DAS DOMÉSTICAS - INCLUSÃO ESCOLAR - UMA NOVA ABOLIÇÃO. E A ABOLIÇÃO DA ABOLIÇÃO!


Empregadas domésticas e a Lei – Assistiremos a abolição de uma categoria trabalhadora, que por exercer tarefas domésticas tem sido considerada escrava. Injustiça que estão a corrigir agora. A recente aprovação da lei que garante direitos trabalhistas às domésticas está a criar outro problema. Muitas dessas pessoas certamente vão perder seus empregos. Não porque sejam desnecessárias ou não mereçam ganhar esses benefícios. Mas porque muitos empregadores não terão condições de arcar com os custos trabalhistas adicionais.
FHC, quando presidente, ficou surpreso ao saber que a empregada de sua residência havia viajado de avião para o exterior. Ótimo! Político pode pagar bem. O problema está em que nem todo cidadão tem altos salários e quem precisa dos serviços de empregadas domésticas - (arrumadeiras, cozinheiras, lavadeiras, organizadoras, acompanhantes de idosos, babás, etc.) tem uma renda baixa que não lhes permite arcar com qualquer custo adicional. Principalmente os aposentados que estão com ganhos reduzidos à metade do valor e tem que sobreviver como pode.  A depreciação do valor das aposentadorias começou no governo de FHC e foi reforçada com as medidas do seu ferrenho opositor Lula, que, para fazer um agrado aos aposentados, criou um Banco para fazer empréstimos consignados aos velhinhos lesados; enquanto isso, os mensaleiros se beneficiavam com as gordas movimentações bancárias. Não estou contando nenhuma novidade. Só refrescando a memória.
Demagogicamente, ao garantir direitos para uns, esquecem que aboliram direitos adquiridos de outros. Abolição da abolição...  Leis sobre leis vão anulando o que estava normatizado. Recorrer a quem? À justiça? – entre na justiça e aguarde no mínimo dez anos por uma solução.

Ensino Ladeira Abaixo – O ‘BALCÃO FECHOU’ – palavras do Ministro da Educação ao constatar a ineficiência de cursos de Direito. O ensino público coletivizado está comprometido. O gigantismo do sistema sem a contrapartida da eficiência, a começar por instalações, corpo docente e discente, qualidade do ensino, só pode resultar no caos: analfabetismo crescente, profissionais sem qualificação, PRO UNI - demagogia da inclusão através de compra de vagas em escolas particulares, etc. Ou seja, tem-se priorizado quantidade em detrimento de qualidade. 70 % da população brasileira mal sabem ler e escrever. Quanto à matemática, só de ouvir falar o cidadão já fica nervoso.

Avaliação escolar  – Falo do que conheço. Para ingressar na Universidade, há alguns anos, o exame vestibular avaliava aluno a aluno, olho no olho. Era realizado  durante uma semana e constava de prova escrita e oral;  contava com uma banca examinadora formada por três professores de cada área. Hoje, o vestibular é feito em fim de semana com provas coletivas e correção automatizada virtual que não avalia o aluno, mas um conjunto de conceitos numa múltipla escolha entre um emaranhado de alternativas de elucubrações e pensamentos considerados como básicos para incluir o jovem num mundo universitário.
Tenho acompanhado meus sobrinhos em fase de vestibular e o direcionamento dos estudos que é feito nos últimos anos do colégio visa treinar os jovens para responder a esse emaranhado de conceitos e não para saberem conteúdos. Os resultados estão aí. Alunos que chegam sem uma base ao ensino universitário.
Nota: Na escola de ontem havia alunos de todas as origens étnicas e sociais: brancos, negros, mestiços, e gays também. Todos competindo em pé de igualdade. Sem demagogia.