Empregadas
domésticas e a Lei – Assistiremos a abolição de uma
categoria trabalhadora, que por exercer tarefas domésticas tem sido considerada
escrava. Injustiça que estão a corrigir agora. A recente aprovação da lei que
garante direitos trabalhistas às domésticas está a criar outro problema. Muitas
dessas pessoas certamente vão perder seus empregos. Não porque sejam
desnecessárias ou não mereçam ganhar esses benefícios. Mas porque muitos empregadores
não terão condições de arcar com os custos trabalhistas adicionais.
FHC, quando presidente,
ficou surpreso ao saber que a empregada de sua residência havia viajado de
avião para o exterior. Ótimo! Político pode pagar bem. O problema está em que
nem todo cidadão tem altos salários e quem precisa dos serviços de empregadas
domésticas - (arrumadeiras, cozinheiras, lavadeiras, organizadoras,
acompanhantes de idosos, babás, etc.) tem uma renda baixa que não lhes permite
arcar com qualquer custo adicional. Principalmente os aposentados que estão com
ganhos reduzidos à metade do valor e tem que sobreviver como pode. A depreciação do valor das aposentadorias começou
no governo de FHC e foi reforçada com as medidas do seu ferrenho opositor Lula,
que, para fazer um agrado aos aposentados, criou um Banco para fazer
empréstimos consignados aos velhinhos lesados; enquanto isso, os mensaleiros se
beneficiavam com as gordas movimentações bancárias. Não estou contando nenhuma
novidade. Só refrescando a memória.
Demagogicamente, ao
garantir direitos para uns, esquecem que aboliram direitos adquiridos de
outros. Abolição da abolição... Leis sobre leis vão
anulando o que estava normatizado. Recorrer a quem? À justiça? – entre na
justiça e aguarde no mínimo dez anos por uma solução.
Ensino
Ladeira Abaixo – O ‘BALCÃO FECHOU’ – palavras do
Ministro da Educação ao constatar a ineficiência de cursos de Direito. O ensino
público coletivizado está comprometido. O gigantismo do sistema sem a
contrapartida da eficiência, a começar por instalações, corpo docente e
discente, qualidade do ensino, só pode resultar no caos: analfabetismo
crescente, profissionais sem qualificação, PRO UNI - demagogia da inclusão
através de compra de vagas em escolas particulares, etc. Ou seja, tem-se
priorizado quantidade em detrimento de qualidade. 70 % da população brasileira
mal sabem ler e escrever. Quanto à matemática, só de ouvir falar o cidadão já
fica nervoso.
Avaliação
escolar – Falo
do que conheço. Para ingressar na Universidade, há alguns anos, o exame
vestibular avaliava aluno a aluno, olho no olho. Era realizado durante uma semana e constava de prova escrita
e oral; contava com uma banca
examinadora formada por três professores de cada área. Hoje, o vestibular é
feito em fim de semana com provas coletivas e correção automatizada virtual que
não avalia o aluno, mas um conjunto de conceitos numa múltipla escolha entre um
emaranhado de alternativas de elucubrações e pensamentos considerados como
básicos para incluir o jovem num mundo universitário.
Tenho acompanhado
meus sobrinhos em fase de vestibular e o direcionamento dos estudos que é feito
nos últimos anos do colégio visa treinar os jovens para responder a esse emaranhado de
conceitos e não para saberem conteúdos. Os resultados estão aí. Alunos que
chegam sem uma base ao ensino universitário.
Nota: Na escola de ontem
havia alunos de todas as origens étnicas e sociais: brancos, negros, mestiços,
e gays também. Todos competindo em pé de igualdade. Sem demagogia.