– O ato da leitura deve ser solitário,
a não ser aquela que é feita em sala de aula em voz alta onde os alunos se
revezam lendo trechos de um texto.
Ler
é algo mais do que correr os olhos por letras, palavras, frases, páginas após
páginas. Ler é mergulhar na mensagem contida no texto, viajar com o autor e até
ler nas entrelinhas acompanhando seu pensamento traduzido em sons, cores,
formas, sentimentos... Um livro ensina conteúdos informando sobre os mais
variados temas. Pode divertir e proporcionar momentos de lazer intelectual; e transmitir
mensagens de cunho formativo contribuindo para moldar o caráter do leitor.
Leitura
Plena – se queremos obter o máximo de um texto ou
livro devemos seguir uma espécie de ritual. Uma vez escolhido o livro pelo
título e nome do autor devemos iniciar a
leitura pela quarta capa e as orelhas; em geral todo livro contém uma
apresentação e o Prefácio. Segue o Índice dos temas e só depois é que se entra
na leitura do texto. Conhecer o vocabulário é importante para o bom
entendimento, por isso, para os principiantes, ter um dicionário à mão é importante. Muitos livros apresentam
notas de rodapé – estas às vezes contêm mais informações que o texto
propriamente dito. Há ainda livros com índice remissivo que ajuda a localizar
temas de relevância.
Em tempos de
estudante aprendi a fazer a ficha de leitura, o que facilitava a compreensão do
texto e, permitia uma leitura rápida na hora de revisar conteúdos para provas.
Nota
– sugestão para as pessoas que tem dificuldade em ler um livro de capa a capa
cujo conteúdo é de difícil compreensão: -
não abandone o livro; o segredo para vencer a dificuldade é: escolha alguns
capítulos ao acaso, ou então, comece a leitura do livro pelo fim. Funciona!
A
LEITURA DINÂMICA – um estágio avançado de leitura
que pode ser utilizado, por exemplo, na correção de redações...
Para corrigir uma
média de 3 mil redações em um mês, a pessoa precisa ter capacidade de pinçar
informações no contexto; a tarefa é exaustiva ainda que o tema seja claro e objetivo, e mais desgastante ainda, se
o aluno resolve inventar um ‘cardápio’
próprio. E, torna-se pior, quando segundo palavras de pessoa que participou da
correção da redação da prova do ENEM: - ‘Somos
orientados a não ser rigorosos na correção’. (sic). Lamentável que um
professor ou professora da língua pátria tenha que se submeter à uma orientação dessas; essa atitude é um ato
ditatorial de quem pouco se importa com o nível de conhecimento dos nossos jovens
e muito menos com o profissional obrigado a ser conivente com o sistema.
Cada tema tem
palavras chaves, e uma pessoa habituada à leitura, pode utilizar o recurso da
leitura dinâmica. Porém, em respeito aos outros candidatos, o corretor tem por
obrigação o direito de determinar se o aluno se ateve ou não ao tema proposto,
além de todos os outros quesitos indispensáveis para avaliar a redação de
candidatos ao ensino Universitário.
Os
perigos da leitura pinçada – alguns profissionais da área
da comunicação tem-se valido desse sistema de leitura pinçada. Usam palavras
chave, frases soltas fora do contexto para incriminar, perseguir, desmoralizar
pessoas. A mesma prática tem sido observada entre ‘defensores dos direitos
humanos’.
Conclusões:
- A boa leitura é o que se pode chamar de alimento do espírito. O bom ou mau
uso do que se aprende pode funcionar como faca de dois gumes. Os demagogos usam
e abusam de slogans e palavras de efeito. Os ventríloquos pelegos que os
acompanham estão por aí se impondo pelo berro. Deveriam dedicar seu tempo a
arte de ler. Ler para saber. Para crescer como seres humanos. Para se tornarem
melhores a cada dia.