terça-feira, 26 de março de 2013

A ARTE DA LEITURA


– O ato da leitura deve ser solitário, a não ser aquela que é feita em sala de aula em voz alta onde os alunos se revezam lendo trechos de um texto.
Ler é algo mais do que correr os olhos por letras, palavras, frases, páginas após páginas. Ler é mergulhar na mensagem contida no texto, viajar com o autor e até ler nas entrelinhas acompanhando seu pensamento traduzido em sons, cores, formas, sentimentos... Um livro ensina conteúdos informando sobre os mais variados temas. Pode divertir e proporcionar momentos de lazer intelectual; e transmitir mensagens de cunho formativo contribuindo para moldar o caráter do leitor.

Leitura Plena – se queremos obter o máximo de um texto ou livro devemos seguir uma espécie de ritual. Uma vez escolhido o livro pelo título e nome do autor  devemos iniciar a leitura pela quarta capa e as orelhas; em geral todo livro contém uma apresentação e o Prefácio. Segue o Índice dos temas e só depois é que se entra na leitura do texto. Conhecer o vocabulário é importante para o bom entendimento, por isso, para os principiantes, ter um  dicionário à mão é importante. Muitos livros apresentam notas de rodapé – estas às vezes contêm mais informações que o texto propriamente dito. Há ainda livros com índice remissivo que ajuda a localizar temas de relevância.
Em tempos de estudante aprendi a fazer a ficha de leitura, o que facilitava a compreensão do texto e, permitia uma leitura rápida na hora de revisar conteúdos para provas.
Nota – sugestão para as pessoas que tem dificuldade em ler um livro de capa a capa cujo conteúdo é de difícil compreensão: - não abandone o livro; o segredo para vencer a dificuldade é: escolha alguns capítulos ao acaso, ou então, comece a leitura do livro pelo fim. Funciona!

A LEITURA DINÂMICA – um estágio avançado de leitura que pode ser utilizado, por exemplo, na correção de redações...
Para corrigir uma média de 3 mil redações em um mês, a pessoa precisa ter capacidade de pinçar informações no contexto; a tarefa é exaustiva ainda que o tema seja  claro e objetivo, e mais desgastante ainda, se o aluno  resolve inventar um ‘cardápio’ próprio. E, torna-se pior, quando segundo palavras de pessoa que participou da correção da redação da prova do ENEM: - ‘Somos orientados a não ser rigorosos na correção’. (sic). Lamentável que um professor ou professora da língua pátria tenha que se submeter à uma  orientação dessas; essa atitude é um ato ditatorial de quem pouco se importa com o nível de conhecimento dos nossos jovens e muito menos com o profissional obrigado a ser conivente com o sistema.
Cada tema tem palavras chaves, e uma pessoa habituada à leitura, pode utilizar o recurso da leitura dinâmica. Porém, em respeito aos outros candidatos, o corretor tem por obrigação o direito de determinar se o aluno se ateve ou não ao tema proposto, além de todos os outros quesitos indispensáveis para avaliar a redação de candidatos ao ensino Universitário.

Os perigos da leitura pinçada – alguns profissionais da área da comunicação tem-se valido desse sistema de leitura pinçada. Usam palavras chave, frases soltas fora do contexto para incriminar, perseguir, desmoralizar pessoas. A mesma prática tem sido observada entre ‘defensores dos direitos humanos’.

Conclusões: - A boa leitura é o que se pode chamar de alimento do espírito. O bom ou mau uso do que se aprende pode funcionar como faca de dois gumes. Os demagogos usam e abusam de slogans e palavras de efeito. Os ventríloquos pelegos que os acompanham estão por aí se impondo pelo berro. Deveriam dedicar seu tempo a arte de ler. Ler para saber. Para crescer como seres humanos. Para se tornarem melhores a cada dia.