PETRÓPOLIS
– dois anos depois as tragédias se repetem. Nordeste brasileiro sofre há
séculos com as secas. Promessas, promessas e mais promessas de milhões e
milhões que serão destinados a obras. Tudo palavras ao vento!
Catástrofes são
previstas, porém tem sido deixado ao cargo de máquinas e computadores o que os seres
humanos deveriam fazer. O resultado está aí. Sirenes servem de alerta. Não são
soluções. Milhões destinados a obras e que não chegam ao destino é pura demagogia.
A doutrinação
apocalíptica sobre o meio ambiente focaliza um ou outro agente natural, como o
el Niño e la Niña, como causas dos desastres naturais e o imprevidente humano
nem se adapta ao meio nem sabe usá-lo. Um exemplo? – as inundações nas grandes
cidades como São Paulo, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Belém, etc.
AS
INUNDAÇÕES – São Paulo, por exemplo, teve um plano piloto
objetivando o crescimento urbano radial. Para atender a fantasia do então
prefeito da cidade (Faria Lima) o plano foi executado pela metade. Os rios que
cortam a área hoje urbanizada da capital paulista, e toda a várzea
inundável foram escondidos sob o
asfalto. Não precisa ser muito inteligente para deduzir que as águas das chuvas
buscam sempre o seu leito natural...
Saberão os
administradores atuais (prefeito, vice-prefeito, vereadores) qual é o total da
área de inundação das bacias Tietê - Pinheiros - Tamanduateí e mais seus afluentes
e qual o volume de água que elas comportam, e que hoje estão escondidas sob o
asfalto? – Pois bem, esse é o total necessário de piscinões para controlar os
efeitos catastróficos das enchentes!
Se tivessem, ao
executar as obras de urbanização elaborado um projeto criando parques e lagos
artificiais nas áreas de várzea, hoje teríamos uma das mais belas cidades do
mundo com alta qualidade de vida. Reverter a situação é fácil. Basta ter
vontade política! Vá falar isso para os atuais administradores da cidade!
Outros problemas
que influem na criação de um micro clima pelo aquecimento funcional da cidade: 1-
asfalto das vias públicas e priorização do uso de carros; 2- construções antinaturais
que concentram altos índices de calor; 3- uso abusivo de ar condicionado não só
em escritórios, repartições públicas e residências como também em veículos – o ar
quente é retirado do ambiente fechado é jogado na rua que acaba mais quente. Poluição
com fumaças e poeiras, etc.
Conclusões:
Espelhos de água ajudam a refrescar o ambiente. Os ‘brejos’ que poderiam ter
sido transformados em lagos e canais navegáveis, não só embelezando a cidade e minimizando
os efeitos do calor, mas também permitindo a preservação da fauna e da flora
foram transformados em redes de esgoto cobertos por asfalto. Hoje querem
resolver o problema com piscinões! Parece piada.
E depois temos que
ouvir discursos de ambientalistas. Debater meio ambiente é importante. Mas, o
mais importante é saber como usá-lo.