A presidenta acaba
de fazer uma reforma ministerial (!)
Reforma? Que
reforma? O que ocorreu foi uma troca de nomes entre aliados para um governo de
‘coalizão’... Não mudou nada! Eram 39 Ministérios e continuam 39 Ministérios.
Tudo pelo bem e pela paz de um governo faz-de-conta que caminha às cegas.
O absurdo da
quantidade de Ministérios já chega a irracionalidade. A Presidenta na verdade
só consegue despachar com alguns poucos ministros de algumas pastas mais
importantes. O restante faz figuração. E consome verbas... assim como o grande
número de partidos políticos que prolifera, pois as benesses garantidas pelo
sistema são lucrativas.
Trinta dias após a
destituição do governo Jango (31-03-1964) Castelo Branco foi eleito pelo
Congresso para ocupar o primeiro governo do Regime Militar por quatro anos. Uma
das primeiras medidas adotada foi reduzir o número de Ministérios e nomear pessoas capacitadas para ocupar os
cargos.
Uma nota da
época informa: - “A
"família oficial" do presidente é composta dos mais notáveis peritos
do país em seus respectivos campos: economistas, diplomatas de carreira,
engenheiros, etc. A exceção dos ministros das três Forças Armadas e do Marechal
Reformado Juarez Távora, Ministro da Viação e Obras Públicas, todos os membros
do Gabinete são civis. Todos eles são homens da "classe média",
devotados às anunciadas reformas de Castelo.”
Na política ele
também efetuou uma reforma que exigia maioria absoluta nas eleições para
Presidente, e desestimulava a proliferação de partidos políticos com a
finalidade de neutralizar a ação dos demagogos.
Castelo Branco
também se preocupou com reformas sociais
adotou várias medidas para elevar o padrão de vida das populações mais pobres,
incluindo a construção de casas populares, reforma agrária visando uma melhor
distribuição das propriedades, abertura de estradas federais, entre outras
medidas em educação, saúde, saneamento.
Os velhos problemas
do Brasil daquela época continuam ainda profundamente enraizados, como educação,
saúde, segurança, infra estrutura, moradia, saneamento básico. Outros estão de
volta como a inflação.
Quanto ao quesito
Ministérios e Partidos Políticos, voltamos à estaca zero. Uma gigantesca
máquina burocrática, cara e inoperante está de volta onde prolifera a corrupção
e os favores políticos que atrapalham todos os setores. Os problemas do passado estão de volta como a violência
no campo, insegurança, movimentos de esquerda.
Medidas de
austeridade não agradam aos perdulários que se beneficiam dos cofres públicos: Cartões
corporativos, carros oficiais, verbas de representação, viagens a serviço...
Reformas para
deixar tudo na mesma não são reformas. São ajustes para satisfazer companheiros
e acalmar as bases. Governar nesse esquema de troca de favores é sinal de fraqueza.
- "A grande coisa que Castelo Branco fez
foi a criação de uma imagem de decoro e honestidade no Governo".