A frase de impacto
que abria o estudo de antropologia - ‘Homem,
um antropoide erguido ou um anjo caído’- não só chamou a atenção como me
motivou a explorar o assunto em todas as direções. Hoje, numa extensão desses
estudos, diante de tanta exploração do sentimentalismo ecológico volto ao
assunto.
O discurso já
desmoralizado dos anos 70 do século passado, de que todas as espécies estariam
extintas até o ano 2010, não se concretizou. Se o destino final de todas as
espécies é inevitável, e nunca houve tantas espécies como agora, algo está
errado nos cálculos pessimistas dos defensores do meio ambiente. O pessimismo e
a falácia dos ecologistas vão sendo sistematicamente desmistificados, pois não
existem dados comparativos que sirvam de referencias para tais afirmativas. O planeta
tem capacidade de auto regulação. Tem capacidade de controlar sua temperatura,
atmosfera, salinidade e outras características que o mantém em condições ideais
para a vida. Há uma inter-relação entre os organismos vivos.
Apesar de todas as
evidencias apontarem que há melhorias nas condições de vida no mundo como um
todo, a humanidade vem sendo mantida em suspense com notícias alarmantes sobre
as condições do planeta Terra: aquecimento global, possível falta de alimentos,
crescimento populacional, destruição das florestas, dos ecossistemas, etc.,
etc. Esses temas são impingidos a todos, a ponto de rebaixar o ser humano a um mero
Elemental a mais nesse meio ambiente, esquecendo que o homem é algo mais que
corpo físico e sentimentos materialistas. Ocupam-se do profano (manifestações
exteriores) e esquecem-se do Sagrado.
Foi muito bem
lembrado pelo Papa Francisco, em sua posse, que o meio ambiente é importante, mas antes é
preciso cuidar de nós mesmos. Lembremos que o ser humano é o coroamento da
criação divina. O Senhor criou o homem à sua imagem e semelhança e lhe deu o
sopro divino. Aos anjos fez um pouco menores... Se o ser humano é um antropoide erguido, muitos se esqueceram que são dotados de inteligência e que receberam o
sopro divino; se anjo caído, tem que fazer o caminho de volta... Nenhum dos dois
está aqui como turista ou sócio usuário do planeta.
Qual o objetivo
desse debate visando criar um drama e gerar conflitos? A imprensa relata os
fatos fragmentados, dispersos pelas diferentes regiões do globo. As palavras ‘medo’,
‘destruição’, ‘morte’, por exemplo, atraem a atenção e fazem com que as
notícias funcionam de forma semelhante aos contos de fadas (no Brasil – as novelas...)
numa eterna batalha do bem e do mal polarizando as atenções para saber qual
será o ‘final’. Desse mundo fragmentado que nos é oferecido em capítulos tem se
destacado o tema ‘meio ambiente’ culpando o homem que estaria a interferir
negativamente ao criar um mundo artificial. Seria, nesse contexto, o aquecimento
global o tal castigo merecido imposto aos vilões do planeta?
O grande erro do
homem tem sido não saber distinguir o que é mais importante. Se o lado material
ou o espiritual. Falta um equilíbrio. A Teologia da Libertação caiu nesse erro
e fez cabeças que hoje estão presas a conceitos utópicos, irreais, onde o ser
humano é visto não como um ser especial da criação, mas um elemento a mais no
meio ambiente agindo em descordo com a natureza à qual deve se submeter. Não estranha
que os materialistas abracem essa postura descompromissada inclusive para
consigo mesmos.
A chamada do Papa
para cuidar de nós mesmos é muito oportuna.
Nota 1- Gaia
– Teoria científica de que a Terra é um organismo vivo - de James E. Lovelock
(1972). As comunidades dos organismos interagem e criam ecossistemas. O planeta
tem a capacidade de se auto regular.
Nota 2-
A poluição e as toneladas de lixo atiradas todos os dias no meio ambiente são
de responsabilidade do homem. Nesse item, o homem (antropoide erguido, ou anjo
caído) merece sim, um bom puxão de orelhas!