sábado, 2 de março de 2013

CARMA - A CULTURA DO SOFRIMENTO


A cultura do sofrimento é difícil de assimilar.
Carma pressupõe reencarnação, outras vidas.
Não duvido desta possibilidade. Porém, problemas de ordem – física, mental, psíquica – aqui e agora, têm outras explicações bem atuais. A ciência genética explica muita coisa. Temos livre arbítrio, inteligência, força de vontade para superar problemas de toda ordem.
Não lembro o nome de um livro que li sobre o perdão; enfatizava o saber perdoar, não só aos outros, mas a si próprio. Dar-se uma nova chance em vez de ficar cultivando o sofrimento ou resignar-se de que está espiando um merecido castigo.
Não consigo entender um Deus tão duro. Qual o mérito de uma pessoa que sofre por algo que acredita seja por conta de erros cometidos em outra vida se não procurar mudar hábitos, comportamentos, melhorar seu conhecimento, aproveitar oportunidades de mudar sua situação, entre outras coisas?
Creio que toda e qualquer dificuldade é um desafio para crescer, melhorar, aprender. Se há espíritos malignos, e há, sugando energias dos humanos, por exemplo, a causa não está no carma, mas na fraqueza de espírito da pessoa. Acreditar em Carma sem nada fazer para mudar a situação é entregar o ouro para o inimigo. Condicionar a vida a essa crença não melhora em nada a pessoa. E o capeta se diverte!
A uma pergunta sobre se seria ‘carma coletivo’ o que correu em Santa Maria, não acredito que seja ‘carma coletivo’ só pelas coincidências citadas. Dizem que a história se repete independente dos ‘atores’. É uma espécie de sacudida de consciências anestesiadas.
No caso, entendo como uma lei de atração ou talvez o tal ‘efeito borboleta’; tudo o que acontece tende a se expandir em ondas até se esgotar a força do acontecimento; é como atirar uma pedra num lago; o tamanho da pedra e a sua força vão determinar a intensidade das ondas a se propagar até esgotar e voltar tudo a normalidade. Muito do que  acontece hoje está sintonizado nas  vibrações que se propagam no tempo e no espaço de forma coletiva. Algumas pessoas são mais fortes, outras mais fracas e se deixam envolver em situações que as levam a um desfecho previsível dada as circunstancias que ocorrem. Tudo é previsível, como previsível era o triste acontecimento na Bolívia durante uma partida de futebol onde um garoto foi atingido de forma fatal por um sinalizador disparado pelo torcedor corintiano. Temos certeza que não houve intenção de atingir fisicamente quem quer que fosse. Mas atingiu. Havia o risco e foi permitido que o ato ocorresse – clubes, organizadores do evento, segurança local, etc., etc., - foram omissos.  Era previsível ali, como previsível também o era na boate em Santa Maria, pois havia todos os elementos para acontecer uma tragédia. Em ambos os casos o imponderável aconteceu devido a uma faísca. Esses são dois exemplos recentes de acontecimentos ditos idiotas do coletivo. Como idiotas sempre foram todas as guerras e confrontos entre seres humanos, não importando o motivo que levou à destruição de seus semelhantes.

Lembramos as palavras de Pedro – (Epístola aos Efésios – A Armadura de Deus- 10) - “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.