sábado, 7 de janeiro de 2012

A CRACOLÂNDIA E A AÇÃO DO ESTADO

Viver em sociedade pressupõe o respeito à Lei e à ordem. O centro da capital paulista, bem como de muitas outras cidades do país vem sendo dominadas por usuários de drogas, entre elas o craque. Alguma coisa precisava ser feita. E começou a ser feita com a intervenção na chamada cracolândia. A intervenção levantou críticas de comentaristas. Falam do que se faz aqui ou acolá pelo mundo para solucionar o grave problema - como por exemplo a criação de salas para consumo da droga e seu respectivo fornecimento pelo estado. Isso não resolve o problema.
O problema é muito sério e só começando com um tratamento de choque para acordar esses zumbis e desacomodá-los do seu 'conforto' irresponsável. Toda acomodação provoca mudanças orgânicas e mentais que resultam numa degradação do indivíduo. Imaginem em um viciado em craque! A estratégia de desacomodar os usuários de drogas instalados na cracolândia, aparentemente criou um outro problema para a cidade na medida em que espalhou os usuários pela vizinhança. É a perda do 'aconchego' em que estavam vivendo num comodismo sórdido que vai levar a muitos a reagir e querer sair daquela vida degradante. É nisso que o estado está apostando e pelo que sabemos, está pronto para atender a quem voluntariamente estiver disposto a sair dessa vida suicida.
Todos tem o livre arbítrio. Porque usá-lo para a prática do que é errado?
 Acredito que esta é uma oportunidade de cada um redirecionar sua vida para melhor, na medida que forem sendo encaminhados para locais de tratamento. E esse tratamento deve incluir a recuperação da auto estima  com o estabelecimento de objetivos de uma vida nova com senso de responsabilidade. E o mais importante, que cada um substitua esse vício por novas normas de conduta em relação a si, à família, à vida em sociedade. A educação, a arte, o esporte, o trabalho produtivo, a religiosidade são ótimas terapias. Ninguém precisa continuar com a 'mamadeira' do vício para se  tratar. Uma alimentação sadia desintoxicante é mais eficiente.
Essa medida inicial também desacomodou o traficante e o distribuidor local. Não deixa de ser uma forma diferente de ação no combate às drogas como um todo. Alguma coisa diferente precisava ser feita. Creio que tem tudo para dar certo.