sábado, 31 de outubro de 2015

O MISTÉRIO DE TUNGUSKA - SIBÉRIA CENTRAL


 

            Na manhã de Junho de 1908 a região interior da Sibéria – Rússia, ocorreu uma tremenda explosão semelhante ao que aconteceu no dia 14 de Fevereiro 2013 em Tcheliabinsk – Urais. Mas o que realmente ocorreu em Tunguska?
O autor Parry, Albert em seu livro “Russia’s Rockets and Missilis” (1960) fez uma análise das possíveis causas daquele impacto que devastou uma extensa área da Sibéria, com incêndio da taiga e formação de círculos de árvores derrubadas em leque pelo impacto , enquanto que na parte central as árvores carbonizadas permaneceram em pé. A parte sul do local foi tomado por um pântano e não há sinais de cratera.
A primeira expedição oficial foi em 1927 seguida de outras no pós guerra. As pesquisas realizadas não detectaram sinais de que tivesse sido um meteorito, mas vários cientistas soviéticos acreditam que a devastação teria sido provocada por um meteorito de várias milhares de toneladas e a explosão igual à de um milhão de toneladas de explosivos, ou dezenas de bombas atômicas.
O impacto foi tão grande que produziu ondas de pressão de ar através da Ásia e da Europa registradas até em Londres. Foi observado um estranho brilho no ar sobre a Inglaterra, à meia noite logo após a explosão na Sibéria. Durante quase três noites não houve escuridão na Europa, África do Norte, Ásia Central e Sibéria Ocidental devido à presença de grandes nuvens luminosas; as camadas superiores da atmosfera ficaram turvadas; foram registrados abalos sísmicos provenientes da Sibéria Central.
Testemunhas afirmaram ter visto um corpo luminoso precipitando-se com grande velocidade deixando um rastro de luz atrás de si. Seguia a direção Sul – Norte até descer sobre a Taiga perto de Vanovara. A forma alongada do objeto foi descrita como sendo uma chaminé segundo uns, ou um imenso tronco de árvore para outros. Casas localizadas até 30 e 50 km de distancia foram abaladas, vidros quebrados, pessoas e animais derrubados. A área florestal destruída foi de 1.800 a 2.100 km2 e o ruído foi ouvido a mais de 640 km de distancia. A descrição de uma testemunha o camponês Samyonov que morava a uns 80 km ao sul do local da explosão fala em uma coluna de fogo com fumaça preta elevando-se para formar um cogumelo no céu. Essa descrição levou à hipótese de Alexander H. Kazentsev (1958) de que teria sido a explosão nuclear de uma ‘nave’ acidentada, o que foi rejeitado pela ciência oficial.
Foi considerado que não precisaria existir uma cratera na parte central da explosão, nem ser o mesmo local da queda de detritos. Ela poderia estar a quilômetros de distancia; porém as pesquisas realizadas até 800 km de distancia não localizaram nenhuma cratera ou minério meteórico. No local foram encontrados minúsculos globos de ferro metálico, e pequenos objetos contendo níquel, cobalto e vestígios de cobre e germânio.
Geólogos, químicos, geoquímicos, astrônomos, físicos e outros especialistas da Academia de Ciências participaram das pesquisas em 1959 colheram 300 amostras de solos, 100 plantas e cerca de 80 amostras de cinzas que mostram uma maior radiatividade no centro da região afetada. Daí outra hipótese – a da explosão de um meteorito de antimatéria que, ao se desintegrar, havia liberado alta concentração de Carbono 14, fato observado nos anéis de muitas árvores em muitas partes do mundo, a um tempo correspondente ao da explosão ocorrida em Tunguska e 1908. Também foi levantada a hipótese de ter sido um cometa que teria explodido a 5 km de altitude o que explicaria a presença do pântano no local.
Oficialmente persiste a hipótese do meteorito para explicar o mistério.

“O Universo não é hostil, nem é também amigável. Ele é apenas indiferente”. (John Haynes Holmes)