O autor
Parry, Albert em seu livro “Russia’s Rockets and Missilis” (1960) fez uma
análise das possíveis causas daquele impacto que devastou uma extensa área da
Sibéria, com incêndio da taiga e formação de círculos de árvores derrubadas em
leque pelo impacto , enquanto que na parte central as árvores carbonizadas
permaneceram em pé. A parte sul do local foi tomado por um pântano e não há
sinais de cratera.
A
primeira expedição oficial foi em 1927 seguida de outras no pós guerra. As
pesquisas realizadas não detectaram sinais de que tivesse sido um meteorito,
mas vários cientistas soviéticos acreditam que a devastação teria sido
provocada por um meteorito de várias milhares de toneladas e a explosão igual à
de um milhão de toneladas de explosivos, ou dezenas de bombas atômicas.
O impacto
foi tão grande que produziu ondas de pressão de ar através da Ásia e da Europa
registradas até em Londres. Foi observado um estranho brilho no ar sobre a
Inglaterra, à meia noite logo após a explosão na Sibéria. Durante quase três
noites não houve escuridão na Europa, África do Norte, Ásia Central e Sibéria
Ocidental devido à presença de grandes nuvens luminosas; as camadas superiores
da atmosfera ficaram turvadas; foram registrados abalos sísmicos provenientes
da Sibéria Central.
Testemunhas
afirmaram ter visto um corpo luminoso precipitando-se com grande velocidade
deixando um rastro de luz atrás de si. Seguia a direção Sul – Norte até descer
sobre a Taiga perto de Vanovara. A forma alongada do objeto foi descrita como
sendo uma chaminé segundo uns, ou um imenso tronco de árvore para outros. Casas
localizadas até 30 e 50 km de distancia foram abaladas, vidros quebrados,
pessoas e animais derrubados. A área florestal destruída foi de 1.800 a 2.100
km2 e o ruído foi ouvido a mais de 640 km de distancia. A descrição de uma
testemunha o camponês Samyonov que morava a uns 80 km ao sul do local da
explosão fala em uma coluna de fogo com fumaça preta elevando-se para formar um
cogumelo no céu. Essa descrição levou à hipótese de Alexander H. Kazentsev
(1958) de que teria sido a explosão nuclear de uma ‘nave’ acidentada, o que foi
rejeitado pela ciência oficial.
Foi
considerado que não precisaria existir uma cratera na parte central da
explosão, nem ser o mesmo local da queda de detritos. Ela poderia estar a
quilômetros de distancia; porém as pesquisas realizadas até 800 km de distancia
não localizaram nenhuma cratera ou minério meteórico. No local foram
encontrados minúsculos globos de ferro metálico, e pequenos objetos contendo
níquel, cobalto e vestígios de cobre e germânio.
Geólogos,
químicos, geoquímicos, astrônomos, físicos e outros especialistas da Academia
de Ciências participaram das pesquisas em 1959 colheram 300 amostras de solos,
100 plantas e cerca de 80 amostras de cinzas que mostram uma maior
radiatividade no centro da região afetada. Daí outra hipótese – a da explosão
de um meteorito de antimatéria que, ao se desintegrar, havia liberado alta
concentração de Carbono 14, fato observado nos anéis de muitas árvores em
muitas partes do mundo, a um tempo correspondente ao da explosão ocorrida em
Tunguska e 1908. Também foi levantada a hipótese de ter sido um cometa que
teria explodido a 5 km de altitude o que explicaria a presença do pântano no
local.
Oficialmente
persiste a hipótese do meteorito para explicar o mistério.
“O
Universo não é hostil, nem é também amigável. Ele é apenas indiferente”. (John
Haynes Holmes)