Em plena
crise política e de credibilidade no governo, o bom senso desapareceu. Nada
mais nos surpreende no comportamento dos políticos apegados ao poder. Na
base do ‘aqui quem manda sou eu’, o poder executivo e o legislativo medem
forças com trocas de afagos e graves acusações. Pura encenação.
A
presidente diz que lamenta ser um brasileiro envolvido no escândalo de
corrupção – Lava Jato & Petrolão -
que não é do seu governo - ( não é?). Fala como se o que está ocorrendo
e está sendo investigado pela operação Lava Jato em relação à Petrobrás não
tivesse tido origens nos bastidores do governo Lula / Dilma – os santinhos do
pau oco!
O
vazamento seletivo sistematizado de denuncias em relação a desafetos (caso do
atual presidente da Câmara, o deputado Cunha) faz parte do jogo encenado pelos
donos do poder. Assistimos a ação de um estado policial repressivo,
desestruturador das instituições e destruidor do outro. Chegamos a pensar em prática de ‘bulling’
- uma forma de comportamento anti-social. Valores éticos foram postos de lado. De
forma inescrupulosa usam antiga prática dos estados totalitários repressivos
muito bem ilustrados em filmes policiais e na literatura baseada em fatos
verídicos mundiais. Os dossiês divulgados a conta-gotas envergonham as instituições
que deveriam dar o exemplo de ética e cumprimento das leis.
Este é o
país que temos não o que queremos.
O povo
cansado pede mudanças. A situação é insustentável. A última pesquisa da CNT
(Confederação Nacional de Transportes) é o retrato do estado de espírito do
cidadão brasileiro. 53,5% dos entrevistados confiam na Igreja: as FFAA que até
pouco tempo detinha ao redor de 50% de confiança, caiu para 15,5%; a Justiça parece com apenas
10,1%; a Policia detém 5,0%; a Imprensa aparece com 4,8%; o GOVERNO 1,1% (!), o
CONGRESSO > 0,8%; os Partidos Políticos
0,1%. Os que não sabem ou não responderam ao questionário soma 9,1 %.
O
afastamento por renúncia ou por Impeachment da Presidente – chega a ter
conotação de justa causa - é um começo necessário para realizar mudanças, mas
não vai resolver os graves problemas nacionais.
Algo
NOVO, realmente novo, livre da corrupção e dos vícios reinantes, precisa ser
pensado e feito em termos de governança. Um detalhe importante é que, nas
próximas eleições, o eleitor tenha certeza de que o seu voto realmente foi
computado corretamente. A impressão do voto para posterior conferencia é
imprescindível para que haja transparência nos resultados das eleições e seja
restabelecida a credibilidade no sistema politico - eleitoral.
O
brasileiro precisa resgatar a auto-estima, ter orgulho de ser brasileiro
independente se a seleção ganha ou perde, e voltar a ter esperança no futuro em
vez de pensar para qual país vai migrar para que seus filhos tenham um futuro
digno.
Para
encerrar > No meio desse embate político, aparece o PT querendo mudar sua
imagem e dar uma de bom moço – que evidentemente não é. O bom político não
precisa se esconder atrás da marquetagem de posturas e gestos estudados,
vestimentas com destaque para cores (passou a usar a cor branca), discursos com
frases feitas e repetitivas. O ‘espelho
da alma’ denuncia cada disfarce ensaiado.