Educação: E. Durkhein >
a educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as que não
amadureceram pela vida social. Educação é ação de uma personalidade sobre
outra.
Foi D.
Pedro I que no dia 15 de Outubro de 1827 baixou um Decreto Imperial criando o
Ensino Elementar no Brasil; o Decreto incluía não só que todas as cidades
deveriam ter escolas com esse tipo de ensino público e gratuito, como também o
que deveria ser ensinado, além da criação de escolas para meninas.
A
EDUCAÇÃO no Brasil teve inicio com os Jesuítas. Em 1772 é que teve inicio o
ensino público oficial em paralelo com a escola dirigida por padres e freiras.
A Escola já passou por inúmeras adaptações e reformas de ensino; pelo que acompanhamos, houve um declínio no
atendimento ao educando em termos de qualidade, que não acompanhou a ampliação de numero de alunos atendidos e
uma crescente desvalorização do professor.
Os
índices de analfabetismo funcional no
país é alto, como indicam as estatísticas atuais.
Estatísticas (2015): 38 % dos estudantes
universitários brasileiros são analfabetos funcionais, segundo o Instituto
Paulo Montenegro. 68% da população é analfabeta funcional e 7 % analfabeta (não
sabe ler nem escrever). Apenas 25% têm domínio de leitura, da escrita e de
matemática. Faltam bibliotecas nas escolas públicas e para atender aos cidadãos em geral.
Herança
histórica, dizem... - é possível uma vez que temos uma população formada de
diferentes etnias e, nem todas tinham como tradição cultural o estudo
sistematizado como no caso do europeu. Além dessa dificuldade, há o descaso do próprio
governo ‘democrático’ que elege analfabetos de todos os níveis - desde os
tiriricas que ironizam que não sabem o que se faz no Congresso, aos que não
sabem e fingem que sabem – os enganadores profissionais.
Mudar a
situação passa pela qualificação de professores, e naturalmente por uma forma
mais objetiva de ensino que priorize o conhecimento da língua pátria – leitura
e entendimento de texto são imprescindíveis. A maior problemática da educação
no Brasil é a falta de objetivos e métodos claros, pois se tem priorizado preparar os jovens para que façam o ENEM e
acessem a Faculdade sem se preocupar com o ensino básico de qualidade.
Assistindo
a uma reportagem sobre os avanços da tecnologia que nos chega à velocidade da
luz, não resisti em fazer um paralelo com o ensino do inicio do século passado e o atual. Uma pergunta saltou
à minha mente: - qual deve ser o papel do individuo como ser inteligente
conectado ao mundo virtual?
Quero
lembrar que não é só a Escola que ensina. Aprende-se por vários métodos, com ou
sem professores. Sou do tempo em que a criança era alfabetizada em casa e só ia
para a escola aos 8 anos de idade. Em cada família havia um ou mais
responsáveis por essa tarefa – em geral os pais, avós, irmãos mais velhos –
Isso servia de estímulo para que os adultos se esforçassem em conhecer o básico
de leitura, escrita, aritmética/matemática e conhecimentos gerais como
história, geografia, ciências, artesanato, desenho, recreação, musica, etc.
Havia troca de informações, tempo para jogar conversa fora, acompanhar com
calma as inovações tecnológicas. Viver.
Certamente
caneta, papel e livros não vão desaparecer. Gosto de rascunhar em papel o que
vai para o blog, e, depois, ao rasgar e jogar fora o papel usado, sentir aquela
sensação de trabalho completo. Por falar em trabalho completo, a máquina de
escrever tinha lá suas vantagens: no final do trabalho tínhamos o trabalho
impresso... – hoje num click errado e lá se vai tudo para o espaço!
Todos
os dias são dias de Educar, de Ensinar,
e também Dia do Mestre Professor, aquele
que faz de sua vida um sacerdócio e que muitas vezes, com uma vida
cronometrada, mal tem tempo para si e seus próprios filhos.
Estamos
a um click do analfabetismo coletivo, o pior de todos, navegando em redes onde
a linguagem já involue a passos largos. Um apagão poderá remeter a humanidade à
Idade Média; – haverá copistas para
recuperar alfarrábios que porventura restarem?
Parabéns a todos os Mestres de todos os tempos, pois
é graças a eles que a humanidade ainda pode sonhar. Para que tanta velocidade tecnológica se
temos pela frente uma vida e toda a Eternidade para usufruir das coisas boas?
Pense nisso.
- ‘Feliz aquele que
transfere o que sabe e aprende o que ensina’. (Cora Coralina).