Todos os países são
amigos, até prova em contrário. Para se garantir, os governos, desde sempre,
praticaram a espionagem. Ela faz parte da arte da guerra que é de importância
vital para o Estado. É uma questão de vida ou de morte; um caminho tanto para a
segurança como para a ruína. Assim, em nenhuma circunstancia a arte de espionar
deve ser negligenciada.
A aldeia global em
que se transformou o planeta, onde as tecnologias permitem bisbilhotice
generalizada continuada, expôs as falhas dos atuais sistemas de espionagem que
todas as Nações praticam e vão continuar a praticar, tal qual disse o
Presidente Barack Obama; ele promete que
não vai espionar países aliados, porém reforçou a necessidade de se adequar aos
novos tempos. Alguém esperava o contrário?
É através da
espionagem que os governos fazem previsões seguras para saber agir frente ao
inimigo; para tal tem um quadro de espiões que devem agir de forma que ninguém
possa descobrir o sistema secreto usado. Chamam a isso de ‘a manipulação divina
dos fios’...
Há cinco tipos de
espiões: os espiões locais, os espiões internos; os espiões convertidos;
espiões condenados e espiões sobreviventes.
- Espiões Locais – consiste em usar os
habitantes de um distrito. Em um país inimigo, conquistam-se pessoas com bom
tratamento, empregando-as como espiãs.
- Espiões Internos – é o uso de
funcionários do inimigo (homens corretos que foram rebaixados no emprego,
criminosos que sofreram penas, concubinas favoritas, homens preteridos na
distribuição de cargos, outros que demonstram desejo de derrotar o adversário,
etc.) Para isso é necessário averiguar planos preparatórios, a situação dos
negócios e ainda criar perturbações entre os dirigentes. É preciso muita
cautela ao lidar com este tipo de espião.
- Espiões Convertidos – consiste em
apoderar-se de espiões do inimigo e usá-los para fins próprios; para tal usa-se
de subornos e promessas liberais, induzindo-os a fornecer informações falsas ao
inimigo e espionar seus compatriotas. Um tipo de agente duplo que cria a
oportunidade de enviar o espião condenado levar informações falsas ao inimigo.
O espião convertido deve ser tratado com a máxima liberalidade, pois é graças a
ele que as outras funções de espionagem se tornam possíveis. Ele é o mais útil,
pois sabe quais são os indivíduos gananciosos e quais os funcionários sensíveis
à corrupção.
-
Espiões Condenados – a tática é fazer certas coisas às
claras, com o objetivo de enganar e permitir que os espiões próprios tomem
conhecimento e, quando eles traírem, comuniquem ao inimigo o que sabem. Para
tal serão feitas coisas de forma calculada para enganá-los, levando-os a
creditar que o que sabem lhes foi revelado de forma inconsciente, não
premeditada. Ao serem capturados pelo inimigo, eles apresentarão um relatório
falso; o inimigo enganado tomará medidas opostas ao que deveria fazer.
Consequentemente o espião será morto.
- Espiões Sobreviventes – são os que
trazem noticias do acampamento inimigo quando conseguem fugir. São os mais
importantes no caso de um conflito. Deve ser uma pessoa de grande sagacidade
embora aparentemente pareça bobo; de aparência desprezível e com capacidade de fazer serviços sujos,
conspirar, enfrentar adversidades, ser ágil, forte e corajoso.
Espião – é a função
que deve ser a mais bem recompensada e de maior segredo. Seu concurso permite a
um bom comandante fazer previsões para atacar, vencer e conquistar coisas além
do alcance dos homens comuns.
O verdadeiro objetivo
da guerra é a paz. E para haver paz é preciso preparar-se para a guerra. Daí a
importância em espionar todos, o tempo todo. No entanto, seja sutil!
-
“Lutar e vencer em todas as batalhas não é a glória suprema; a glória suprema
consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar”. (Sun Tzu – A Arte da
Guerra).