terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

RENÚNCIA DE BENTO XVI E AS ESPECULAÇÕES SOBRE O FUTURO PAPA.


Num gesto de desprendimento e de coragem, Bento XVI anunciou que a partir do dia 28 próximo o cargo que ocupa estará vago. Novo papa deverá ser eleito conforme a tradição da Igreja, em um conclave. Especulações sobre o possível eleito apontam para que seja um italiano, e os defensores da teologia da libertação esperam por sua vez.
O papa Bento XVI é o primeiro papa a renunciar em seiscentos anos; outros papas renunciaram no passado; uns por vontade própria, outros por imposição, especialmente lá nos primórdios da criação da Igreja Católica. Segundo o teólogo americano R. MacBrien teriam sido seis os papas que deixaram o cargo. Cita os seguintes: 1- Papa Ponciano (235 d.C), 2- Papa Silvério (537 d.C), 3- João XVIII (1009 d.C), 4- Bento IX (1045 d.C)- que após dois anos voltou ao cargo, 5- Celestino V (1234 d.C), 6- Gregório XII (1415 d. C). E agora, Bento XVI (2013 dC).
Sua renúncia abre caminho para novos rumos da Igreja Católica, que, inserida no contexto de um mundo considerado moderno, teria que se adequar aos novos tempos, segundo a opinião de alguns. A humanidade passa por grave crise de desestruturação da família, uso de drogas, comportamentos altamente permissivos nos relacionamentos, com a predominância de uma ética e uma moral excessivamente liberal. Os egoísmos e o egocentrismo por parte de governos e governantes, que usam e abusam do poder político e econômico, são, sem dúvida alguma, desafios que deverão ser enfrentados pelo novo pontífice.
É necessária uma nova postura, porém, a melhor solução não será rezando pela cartilha do ‘progressismo’ que confunde liberdade com libertinagem transformando tudo em clube de amigos e associações para tudo, menos para a prática da verdadeira espiritualidade. A verdadeira Moral que sempre existiu no mundo associada à religião, sendo o código de conduta (bem agir) entre os homens, ditado por Deus - (os Mandamentos de Deus) - tem sido substituída pelos códigos do viver em sociedade.
É tempo de mudanças, sim. É tempo de renovar. De mudar certas estruturas corrompidas e construir o tão sonhado mundo do bem, que só terá sustentação duradoura se alicerçado em princípios da Moral religiosa.
Embora a Igreja não atribua fé canônica às Profecias de São Malaquias, vale a pena repetir aqui o que ele diz nas suas profecias sobre o último papa (Petrus Romanus): - será firme como uma rocha, empecilho último ao domínio Universal da Tecnologia sem moral.
-‘In persecutione extrema sacrae Romanus Eclesiae sedebit Petrus Romanus, qui pascent oves in multis tribulationibus, qui bus transactis, civitas septicollis diruetur, et judex tremendus judicabit populum’.
(‘Na perseguição final à Santa Igreja Romana, ocupará o trono Pedro Romano que apascentará o rebanho entre muitas tribulações; passadas estas, o juiz terrível julgará os povos’- São Malaquias)