A Revolução Cubana foi um movimento popular, que
derrubou o governo do presidente Fulgêncio Batista, em janeiro de 1959.
No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro
e os revolucionários simpatizantes do marxismo tomaram o poder em Cuba.
Fulgêncio Batista e muitos integrantes do governo fugiram da ilha. Os não
marxistas que não conseguiram fugir da ilha foram perseguidos, presos e
executados por fuzilamento – ‘el paredón’ tornou-se o símbolo da repressão em Cuba.
Com o processo revolucionário foi implantado em
Cuba o sistema socialista, tendo à frente o novo ditador: Fidel Castro. O novo governo tomou várias medidas em Cuba, como, por
exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de
grandes propriedades de empresas estrangeiras, e reformas nos sistemas de
educação e saúde. As medidas econômicas provocaram um desmonte da economia nacional que se propagou no tempo. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para
qualquer partido de oposição. Com estas medidas, Cuba tornou-se um país
socialista, ganhando apoio da União Soviética.
A simpatia de Fidel Castro pelo regime comunista
criou um impasse econômico com os Estados Unidos. A União Soviética,
defendendo seus interesses econômicos e políticos, passou a oferecer ao novo
aliado vantagens especiais – compra do açúcar cubano e venda de petróleo
subsidiado com preços preferenciais. Vantagens
que perduraram até o fim do bloco comunista.
Assim como os Estados Unidos havia financiado os ‘revolucionários’
para derrubar o ditador Fulgêncio Batista, decidiu também apoiar
clandestinamente uma invasão de anticastristas, realizada em 1961, na baia dos
Porcos, e que fracassou.
A rivalidade da guerra fria entre as superpotências
– Estados Unidos e União Soviética – atingiu o seu ponto culminante , quando
Nikita Kruchov, presidente da URSS decidiu instalar armas nucleares na ilha de
Cuba. Em 1962 foram reveladas através de fotos aéreas instalações de mísseis em
pontos estratégicos direcionados para as principais cidades norte-americanas, e
outros mísseis estavam a caminho. Para evitar uma guerra de conseqüências imprevisíveis,
J. F. Kennedy optou por impor um bloqueio naval à ilha. O confronto diplomático
levou a um acordo: a URSS retiraria os mísseis da ilha e os EEUU sairiam da
Turquia. A partir daí houve tratados entre as duas superpotências proibindo os
testes nucleares a exceção dos subterrâneos controlados (1963).
A visita da blogueira cubana ao Brasil, mais uma
vez agitou nos meios políticos o assunto do embargo econômico como uma forma de
resolver os problemas da ilha. O legado de Fidel Castro é um peso
que não se apagará da noite para o dia. Acreditamos que só uma mudança real no
governo cubano é que permitirá restabelecer a confiança quebrada com o ato irresponsável
dos mísseis nucleares soviéticos instalados na ilha com o consentimento de
Fidel!