O blog é uma
ferramenta que permite falar sobre os mais variados temas conforme nos parece
oportuno.
Voltando ao assunto
clima, vamos falar um pouco sobre o aquecimento global, derretimento de
geleiras, secas, tempestades, raios e trovões... Na postagem que fizemos no dia
05-03-2009 no outro blog nosso - Sanmy - falamos sobre os asteroides e as
alterações climáticas. O assunto continua na ordem do dia.
Domingo (24-02), em
‘Matéria de Capa” – programa da TV Cultura – foi apresentada uma visão dos
efeitos do aquecimento global e consequente derretimento das geleiras. A sugestão
para impedir o desaparecimento dos gelos nas regiões polares e no alto das
montanhas nos chamou a atenção: - ‘Criação de geleiras artificiais!’ - Sem
comentários.
A Terra é um corpo
físico com dinâmica própria. O ser humano é apenas mais um elemento no contexto
geral. Nessa dinâmica geral do planeta, os estudiosos já descobriram muitas
coisas, porém ainda falta entender muitas outras. A dinâmica climática é uma
delas. São conhecidos elementos que influem nos climas: latitude, altitude, massas
de ar, orogênese, continentalidade, massas oceânicas, flora, etc., porém há
detalhes que ainda precisam ser mais bem estudados.
A reportagem chamou
a atenção para o desaparecimento rápido das geleiras em regiões que já começam a
afetar populações locais, como por exemplo, na região Andina e no Tibet. São
áreas de grande altitude. A observação de que as temperaturas continuam baixas,
mas que apesar disso as geleiras continuam derretendo, significa que as
geleiras não estão recebendo massas de ar com umidade suficiente que permitia o reabastecimento com mais neve e
gelos para repor o que naturalmente derrete no decorrer do ano.
A pergunta que
temos a fazer é: - Qual a causa da não chegada de massas de ar úmido a essas
regiões de grande altitude?
Não temos a
resposta. Isso demanda estudos e pesquisas. Mas temos considerações a fazer:
1-A movimentação das placas tectônicas. O
seu deslocamento é de 2 cm ao ano conforme já constatado. O movimento é lento e
progressivo em nível de crosta terrestre. Isso, naturalmente afeta a posição de
cadeias montanhosas, vales, picos que servem de dispersores das massas de ar, bem
como de barreiras, canalizadores, etc. dessas correntes de ar. Não é preciso
ser um expert para saber o que acontece quando o vento encontra um obstáculo,
que mesmo pequeno provocará uma mudança geral em sua direção.
2- Os movimentos do planeta: rotação,
translação, revolução e outros, que determinam oscilações muitas vezes não
muito visíveis. Consideremos o que
representa somente a mudança gradual, constante das placas tectônicas
associadas às oscilações do corpo planetário, que podem variar bruscamente em
até alguns graus. É uma explicação para um comportamento atípico das massas de
ar em sua dinâmica, ora sendo desviadas, ou barradas, impedindo a livre
circulação da umidade e afetando as áreas de alta e baixa pressão se conjugadas
com outros fenômenos climáticos.
3- A passagem de corpos celestes muito próximos - como foi o caso do asteróide
Geographus, que provocou uma oscilação de 6 graus na Terra, e que foi possível
ser observada na posição do Sol na linha do horizonte no dia seguinte à sua
passagem. Conseqüências climáticas observadas: forte geada na América do Sul
vinda da Cordilheira dos Andes, seguida de inundações catastróficas e secas,
posteriormente. No Hemisfério Norte houve, na estação seguinte, nevascas e
tempestades que paralisaram a costa leste americana por três dias. Lembrar
também da quantidade de partículas que caem na Terra todos os dias,
provenientes do espaço – micro meteoritos atravessando a atmosfera...
4- ‘El Niño e La
Niña’, fenômenos ainda não bem
entendidos.
5- Há ainda a
influencia das partículas de poeira em suspensão na alta atmosfera que impedem
a formação de chuvas mesmo que haja umidade no ar. Podem ser provenientes das
tempestades de areia, ou de cinzas vulcânicas, além das de origem cósmica.
Outros fenômenos
que ocorrem na atmosfera e que ainda não foram detectados ou devidamente
compreendidos em toda sua extensão, como os raios, por exemplo. Já observamos
que um raio seguido de forte trovão faz desabar fortes chuvas instantaneamente;
mas também já vi que no meio de uma tempestade, ocorre exatamente o contrário –
um raio interrompe uma chuva. Há anomalias interessantes.
Há uma informação
curiosa do passado remoto, de que numa guerra entre ‘os deuses’, uma estratégia
usada foi impedir que chovesse provocando uma seca prolongada, derrotando o
inimigo!
Histórias à parte,
controle meteorológico em pequena escala o homem sabe fazer. Daí, criar
geleiras artificiais, é uma utopia; creio que seria mais lógico o homem se
adaptar. Na encosta da montanha dos Andes os nativos aprenderam a usar o
‘trampa nuvens’; também foram inventadas máquinas para extrair água do ar;
dessalinizadores não são novidade. Há povos vivendo em áreas desérticas do
Saara que usam água dos lençóis subterrâneos.
Cuidar do planeta e não sujá-lo
com excesso de lixo é o mais importante. Água existe. Muita! Nem por isso temos
o direito de desperdiçá-la, poluir, contaminar os rios e mares transformados em
rede de esgoto e depósitos de lixo.
Lembrete: Pessoa
limpa é aquela que NÃO suja!