Ao apelo sobre
sugestões para melhorar a vida na grande cidade – São Paulo – pode ser
respondido de forma simples, especialmente depois de ouvir o novo prefeito
prometer reorganizar a cidade. Porém, tudo depende de vontade política. Trata-se
de, simplesmente, definir um plano diretor da cidade incluindo uma política de
remanejamento de cidadãos para novos núcleos urbanos a serem criados fora do
atual perímetro urbano, enquanto as áreas de risco seriam esvaziadas totalmente.
Esses novos núcleos urbanos teriam um número limitado de moradores e contariam
com toda a infra-estruturar necessária para atender os moradores, incluindo
trabalho.
Esse esquema
acabaria com o anonimato das grandes cidades que permite que problemas
alarmantes se espalhem e se diluam na coletividade, onde ninguém pensa que ele
também é responsável. A grande maioria parou para ver a banda passar, para
festar o carnaval, para torcer pelo time do coração no campeonato de futebol,
para assistir novelas e Big Brothers participar de redes sociais... E o topo
da pirâmide vai fazendo sua festa e o povo fica a mercê da própria sorte.
Entre os problemas
sociais que afligem as grandes cidades temos a violência e o vício das drogas,
mais particularmente do crack. Aí, alguns amigos do rei que conseguiram subir na
pirâmide por conta de cargos públicos, aparecem para defender os direitos
humanos, estabelecem comissões da verdade, defendem o direito de quem quer ser
torto por opção, de quem desrespeita a coletividade em nome de seu direito
particular, e por aí vai. E tudo continua na mesma, até o próximo palanque político.
É preciso reverter
essa eterna repetição de problemas que não são resolvidos porque há uma
burocracia emperrante, graças aos incompetentes gestores da coisa pública que conseguiram,
sem esforço algum, transformar o país numa praça de guerra onde morrem 50 mil
cidadãos ao ano, índice igual ao de países que vivem a triste realidade da
guerra. Tudo porque não foram aplicadas as verbas destinadas à prevenção e
combate à criminalidade. Há criminalidade também por parte daqueles que por
falta de competência, descaso ou pura falta de vontade política, se omitem de
suas obrigações. A descentralização dos núcleos humanos pode contribuir para a
aplicação racional dos recursos públicos.
Urge fazer uma
reforma administrativa geral em todas as esferas Federal, Estadual e Municipal para enxugar a
máquina sobrecarregada com gastos públicos; começar abolindo: Ministérios
ineficientes (são cerca de 40!), secretarias, assessorias e gabinetes
perfeitamente dispensáveis. Dar um basta aos ‘mão do gato’ e aos almofadinhas
entronados em cargos públicos para os quais não tem competência, e principalmente
aos políticos profissionais que trabalham em benefício de projetos partidários,
como o do PT, conforme eles mesmos confessaram, e foi comprovado no julgamento
dos réus mensaleiros.
Soluções existem. Falta
vontade política. Menos discurso e mais trabalho!