Há imagens que falam por si. Há frases que dizem muito mais
do que está escrito. Prestei atenção à frase do cartaz afixado no palanque onde
o vice presidente venezuelano discursava durante a não posse de Chávez:
“Pueblos de NUESTRAAMERICA - rodillas em tierra – somos Chávez.”
A mensagem está no plural (Pueblos = povos), portanto não é
dirigida aos Venezuelanos, nem à Venezuela, como se confirma na sequencia (‘de Nuestraamérica’
= NOSSA AMÉRICA); segue a ordem ‘rodillas em tierra’ – é assim que eles querem a
América. De joelhos, submissa aos tiranos que falam em democracia e praticam o
golpe nas instituições. Boa parte dos venezuelanos já foi colocada de ‘rodilhas’
no culto à personalidade e desrespeito à lei escrita pelos próprios
bolivarianos. Proibido contestar. A ordem é: “de rodillas!”. A outra palavra de
ordem é:- ‘Somos Chávez’, não só no cartaz do palanque, mas também nos cartazes
que cada chavista portava na concentração em Caracas. Ao afirmarem
repetidamente que cada um também é Chávez, estão abdicando da própria identidade
e incorporando ao subconsciente a entidade mítica do herói nacional. Isso é
doutrinação, lavagem cerebral pura. Enquanto isso, denúncias dão conta que as
ordens que chegam de Havana são ditadas pelos irmãos Castro. De concreto
sabe-se que há tempos os principais comandantes militares do exército
venezuelano são cubanos nomeados por Havana. Em Caracas, no aguardo do desfecho
da triste farsa prossegue prioritário o mausoléu de Bolívar... em ‘retraso’.
Simón Bolívar (1783-1830) – o Libertador – foi um chefe
revolucionário venezuelano que conquistou da Espanha a independência da Colômbia,
Venezuela, Equador, Peru e Bolívia, as quais, cada uma conquistou sua independência,
dando origem aos respectivos países. Hugo Chávez sonhou em unir todas as nações
da América – daí sua revolução bolivariana.
Bolívar era um estrategista, que, para realizar suas conquistas, exigia
das tropas avançarem sem descanso, nas mais adversas condições, exatamente no
tempo das chuvas torrenciais (região equatorial com florestas e pântanos) para
atacar de surpresa o inimigo que jamais esperaria por um exército chegando naquele
momento... O tal ataque de surpresa de que fala o ex-presidente Lula! Incrível!
É surpreendente como a doutrinação ideológica surte efeito nas mentes fracas. Já
falamos sobre a técnica do condicionamento humano às ordens de comando. O assunto
é para causar preocupação, sem dúvida.
A índole ibera de boa parte da população latino americana,
com um espírito mais crítico e independente, pode salvar não só a Venezuela
como países como o Brasil com seu multiculturismo, embora haja muitos
acomodados que preferem sombra e água fresca, não importa a que preço. - Povos da América! Em Pé!