A corrupção na
política está presente na maior parte dos países. No Brasil não é diferente.
Lemos um artigo no jornal El País: - “O Que fazer com a Corrupção” (José
Antonio Gómez Yañez/César Molinas – 22-1-2013)- onde eles analisam a corrupção política
na Espanha, apresentam saídas para o
grave problema; as mesmas passam por um processo que deve partir dos cidadãos
que precisam se mobilizar. Os autores afirmam: “No hay que esperar que el sistema actual se regenere de manera
endógena”. Demanda trabalho e deve passar por uma votação no Congresso.
Citam como exemplo a Alemanha que tem uma lei que impõe auditorias externas
independentes. As reformas devem ser feitas à revelia das elites partidárias
uma vez que elas preferem passar por um julgamento de vez em quando a se
submeterem a um controle externo independente.
Estabelecem uma
comparação entre o funcionamento dos seres vivos, dos motores de explosão e dos
organismos sociais – todos eles produzem inevitavelmente resíduos que devem ser
eliminados, caso contrário ocorre a morte e a decomposição. Essa é a função dos
rins nos seres vivos, dos escapamentos nos motores e da regulamentação dos
partidos políticos. A corrupção nos partidos é tão nociva para a política como
o monóxido de carbono o é para os motores dos carros.
As democracias
avançadas têm leis que regulamentam a atividade interna dos partidos políticos.
Esta regulamentação impõe os mecanismos de reciclagem das toxinas que permitem
que as democracias continuem funcionando de modo saudável. Não bastam as Leis e
a fiscalização como ocorre em geral. É preciso reciclar os resíduos tóxicos que
se acumulam dentro dos quadros partidários. Certamente muitos problemas que
afligem a maior parte das democracias do mundo ocidental seriam solucionados se
fosse aplicada a regra de um controle externo independente já praticado em
países do primeiro mundo.
No Brasil, os donos
dos partidos políticos mandam e desmandam no seu reduto e dificilmente eliminam
dos seus quadros o que os autores chamam de resíduos tóxicos. Muitos políticos,
em busca de espaço, deixam uma legenda para criar outra ao seu gosto onde
passam a cumprir uma agenda aparentemente democrática e dentro das leis
vigentes no país, porém sem o mínimo controle da sociedade.
Para encerrar não
podemos deixar de falar do que ocorre no momento na Venezuela e no Brasil. Não
bastou ter burlado o que rege a lei eleitoral, impondo seu candidato ao partido
nas últimas eleições; agora, a atitude
atrevida do ex-presidente Lula de se nomear coordenado político do governo, supera
em muito tudo o que se pode imaginar em desrespeito às normas democráticas e à
Lei que rege a Nação. – “O caso é bem mais sério do
que parece. Chávez se manteve no poder contra a letra da lei, mas, vá lá, houve
ao menos uma eleição por lá… Lula tomou um naco do poder de Dilma sem ter sido
eleito por ninguém”. (Reinaldo Azevedo – 22-01-13 “A
Imprensa Avestruz e Lula superando Chávez).
É preciso urgentemente eliminar todos os resíduos tóxicos que sufocam a politica em nosso país.