quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O QUE FAZER COM A CORRUPÇÃO?


A corrupção na política está presente na maior parte dos países. No Brasil não é diferente. Lemos um artigo no jornal El País: - “O Que fazer com a Corrupção” (José Antonio Gómez Yañez/César Molinas – 22-1-2013)- onde eles analisam a corrupção política na Espanha, apresentam  saídas para o grave problema; as mesmas passam por um processo que deve partir dos cidadãos que precisam se mobilizar. Os autores afirmam: “No hay que esperar que el sistema actual se regenere de manera endógena”. Demanda trabalho e deve passar por uma votação no Congresso. Citam como exemplo a Alemanha que tem uma lei que impõe auditorias externas independentes. As reformas devem ser feitas à revelia das elites partidárias uma vez que elas preferem passar por um julgamento de vez em quando a se submeterem a um controle externo independente.
Estabelecem uma comparação entre o funcionamento dos seres vivos, dos motores de explosão e dos organismos sociais – todos eles produzem inevitavelmente resíduos que devem ser eliminados, caso contrário ocorre a morte e a decomposição. Essa é a função dos rins nos seres vivos, dos escapamentos nos motores e da regulamentação dos partidos políticos. A corrupção nos partidos é tão nociva para a política como o monóxido de carbono o é para os motores dos carros.
As democracias avançadas têm leis que regulamentam a atividade interna dos partidos políticos. Esta regulamentação impõe os mecanismos de reciclagem das toxinas que permitem que as democracias continuem funcionando de modo saudável. Não bastam as Leis e a fiscalização como ocorre em geral. É preciso reciclar os resíduos tóxicos que se acumulam dentro dos quadros partidários. Certamente muitos problemas que afligem a maior parte das democracias do mundo ocidental seriam solucionados se fosse aplicada a regra de um controle externo independente já praticado em países do primeiro mundo.
No Brasil, os donos dos partidos políticos mandam e desmandam no seu reduto e dificilmente eliminam dos seus quadros o que os autores chamam de resíduos tóxicos. Muitos políticos, em busca de espaço, deixam uma legenda para criar outra ao seu gosto onde passam a cumprir uma agenda aparentemente democrática e dentro das leis vigentes no país, porém sem o mínimo controle da sociedade.
Para encerrar não podemos deixar de falar do que ocorre no momento na Venezuela e no Brasil. Não bastou ter burlado o que rege a lei eleitoral, impondo seu candidato ao partido nas últimas eleições; agora, a  atitude atrevida do ex-presidente Lula de se nomear coordenado político do governo, supera em muito tudo o que se pode imaginar em desrespeito às normas democráticas e à Lei que rege a Nação.  – “O caso é bem mais sério do que parece. Chávez se manteve no poder contra a letra da lei, mas, vá lá, houve ao menos uma eleição por lá… Lula tomou um naco do poder de Dilma sem ter sido eleito por ninguém”. (Reinaldo Azevedo – 22-01-13 “A Imprensa Avestruz e Lula superando Chávez).
É preciso urgentemente eliminar todos os resíduos tóxicos que sufocam a politica em nosso país.