terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O COMPORTAMENTO AGRESSIVO E NEURÓTICO DOS INDIVÍDUOS DESAJUSTADOS


Ao ver cidadãos, que costumeiramente despejam discursos acusatórios, de dedo em riste, como se este, lança fosse, percebemos que é um caso típico de personalidade neurótica. Aquela pessoa que não recebeu disciplina no momento certo... O momento atual, não só no país, mas em outras nações há exemplos gritantes de personagens que decidiram que as democracias têm que ser segundo seu modelo ditatorial e tirânico. Em nome da igualdade, eles se impõem para dominar e esmagar as individualidades, e ai de quem discordar!
O que leva uma pessoa a enganar os outros e ficar furioso quando ele se sente enganado, ou é contrariado em seus desejos? Parece que a inveja é a mola propulsora da prática que o indivíduo desajustado considera como desejável para conseguir o que quer, com um mínimo de esforço, mesmo que seja com uma fraude; é  o que se chama de ‘to get by’.
Essa ambição desmedida leva a uma desestruturação de si próprio. O que começa errado na formação de um caráter compulsivo pode levar à necessidade premente de conquista de glórias, não importa através de que meios.
Um indivíduo neurótico, embora muitas vezes aparente normalidade, quer por que quer ser o que não é, mas desejaria ser. O pior é que ele insiste em que os outros é que devem se ajustar a ele. É assim que surgem ditadores, governos ‘punitivos’, crimes em série contra indivíduos ou contra a humanidade, massacres como os recentes nas escolas americanas e brasileiras também. O chavismo na Venezuela, a ditadura cubana, na Coréia do Norte,  a luta na Síria... - onde o apego ao poder é irracional são exemplos típicos.
E, como o exemplo vem de cima, jovens não tão jovens, se comportam de forma anti-social como o recente caso dos skatistas na Praça Roosevelt, um espaço público destinado ao lazer convívio público de todos os cidadãos e não um grupo em particular como eles acham.
O que fazer? - Segundo Karen Horney (Neurose e Desenvolvimento Humano) as neuroses são condicionadas por fatores culturais, e particularmente por fatores circunstanciais que impedem o livre crescimento durante a infância; a pessoa passa a se defender de tudo e de todos e cria uma imagem auto-idealizada para si. Chega à irracionalidade, ao endeusamento, ao desejo de derrotar o adversário e fica furiosa quando se sente enganada – traída, ou prejudicada. Isso explica, mas não justifica a tirania que insiste em exercer.
 Diz a autora em Vias da Terapêutica Psicanalítica:- ‘ Não é possívelcurar’ o caminho errado tomado pelo desenvolvimento de um indivíduo’. Porém apresenta alguns caminhos de tratamento para superar um processo de neurose já em andamento. 
a)Direcionar o indivíduo para novas atitudes para que ele descubra suas potencialidades reais a fim de poder desenvolvê-las, afastando-se das ilusões e fantasias cultivadas em sua mente.
b) Abandonar o falso orgulho e a hostilidade pelo desenvolvimento da autoconfiança.
c)    Encarar, de frente, os conflitos; a atitude de defesa permanente impede a dificulta qualquer solução.
d)    Conscientizar-se de que só ele, através de sua força de vontade é que pode lidar com seus problemas; isolar-se e cultivar suas neuroses só agrava o problema.
Em síntese: Tudo passa pela Educação!!!
Sempre haverá circunstancias adversas nas relações humanas. Quando a elas se somam uma cultura de violência, fragmentação da família, apelos mundanos através de ilusões que só o dinheiro pode lhes proporcionar, por exemplo, o indivíduo que se julga injustiçado fará de tudo para suplantar, destruir, humilhar, atropelar e até matar seus semelhantes. Comporta-se como a serpente que só se acalma quando, ao picar a vítima, descarrega o veneno que se formou nas glândulas acima das presas. No caso da serpente, a imobilidade salva a vítima; já no convívio social é necessário contra-atacar para anular os efeitos maléficos dessas pessoas desajustadas.
 “As palavras são anões. Os exemplos são gigantes”. (provérbio suíço).