quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


O Estatuto da Criança e do Adolescente é considerado a melhor Lei já feita, ou nas palavras de entendidos – ‘uma lei perfeita’!
Não vamos discutir a lei. Só queremos entender porque não funciona para realmente resolver o problema que a cada dia se agrava mais, pois a onda de crianças e jovens que surgem do nada e praticam delitos de todos os níveis só tem aumentado. Antes eram os trombadinhas individuais a agir na surpresa, agora são gangs fazendo arrastões. E, a polícia recolhe os menores infratores, encaminha para os órgãos competentes, e muitas vezes, em poucas horas todos estão nas ruas praticando os mesmos delitos – e, ‘voltando ao local do crime’(sic)... – como disse uma mãe ao repreender a filha apanhada pela polícia.
A nosso ver a Lei pode ser perfeita na teoria. Mas na prática não funciona. Especialmente no item “proteção”. Essa é a triste realidade que precisa ser encarada pelas autoridades. A lei não é só para punir. Ela tem que inibir novos atos e isso se consegue com repressão-punição educação! A falsa proteção que está sendo praticada chega a ser ridícula na medida em que não corrige, não disciplina, não educa e não cria uma nova consciência na criança infratora e no jovem que pratica delitos e continuam ‘impunes’.
Ninguém é santinho. Um bebê recém nascido é capaz de manipular os pais, a babá, e toda uma família se não lhes forem impostas regras e disciplina de forma que ela se sinta segura e amada. A criança e o jovem também precisam de disciplina e o sentimento de segurança e de amor.
Já falamos que há escola para tudo. Desde aprender regras de futebol, canto, dança, tocar um instrumento, dirigir um veículo, etc., mas não há uma escola para formar pais!
Atualmente com o crescimento das cidades para onde tem sido empurradas milhares de famílias criou-se uma situação insustentável na medida em que a demanda por serviços – EDUCAÇÃO principalmente – não atendem às necessidades de inúmeras famílias que vivem um pesadelo de não ser desta ou daquela ‘classe’, de ter ou não ter esta ou aquela modernidade tecnológica, etc. A família também precisa de disciplina e se sentir segura.
E, a ESCOLA, aquela que antigamente proporcionava um leque de conhecimentos que atendiam às mais diferentes habilidades das crianças e dos jovens, não existe mais. Esse detalhe é competência do Estado a nível nacional, para que cada cidadão encontre em sua origem tudo o que tem necessidade. O Brasil é imenso. As diferenças regionais também. Não vemos uma política nacional efetiva para promover o atendimento das famílias em todos os sentidos. Sequer há uma política de direcionamento das migrações dentro do país. Cada um por si. E o resultado está aí. As luzes das cidades e o anonimato da cidade grande contribuindo para gerar mais problemas do que soluções.
Porque será que nas comunidades onde alguém se interessou por levar a música como atividade educativa para crianças e jovens, tem dado certo?
Eu disse MÚSICA – aquela que ensina o do, re, mi, fá, sol, lá, si, do!
Negligência e abandono em relação aos princípios e aos valores inerentes ao ser humano, simplesmente estão a desumanizar as novas gerações. A quem interessa esse caos?