Mais uma estatística demonstrando a falência do ensino público: - as crianças continuam com problemas no aprendizado da língua pátria (leitura, interpretação de texto), redação de pequenos textos, e na matemática (continhas de somar, subtrair, multiplicar e dividir). São conhecimentos que dependem muito de prática, repetição... Cantar tabuada, por exemplo, ficou fora de moda no ensino fundamental e aí está o resultado. Vai virar matéria de Universidade!!!
Depois que certa doutrina educacional foi adotada de que é preciso formar cidadãos em detrimento do ensino de conteúdos básicos imutáveis, os resultados no aprendizado só têm deixado rastros de reprovação.
A falta de um método simples de avaliação constante, contínuo, com cobrança permanente do aluno tem diluído o que os professores conseguem ensinar.
A avaliação por múltipla escolha é uma das grandes falhas introduzida no método de avaliação do rendimento escolar. Falo por experiência. Trabalhei no ensino público e particular e sei do que estou falando. O aluno perde muito por não ter a oportunidade de redigir sua resposta e assim praticar a redação. Já chamamos a atenção para a importância do uso do dicionário para que o aluno aprenda o significado das palavras e evitar o ‘decoreba’, pois, se esquece um vocábulo, conhece o seu sinônimo e saberá aplicá-lo em substituição de um termo mais difícil para ele.
Afirmam que se os salários dos professores fossem melhores, o ensino também melhoraria. É apenas um detalhe que nem deveria se discutido, mas colocado em prática. Professor é tão ou mais importante que qualquer outro profissional, portanto sua remuneração deve ser compatível com a função de ensinar – pois, ele está formando futuros profissionais e doutores de todas as áreas.
Premiar os bons. Punir os incompetentes. Também é indiscutível, pois um profissional em sua área de atuação deverá se dedicar e trabalhar para sempre superar as metas. Quem não gosta do que faz pode e deve procurar outra área de atuação.
Mas, voltando ao aprendizado, temos que levar em conta as diferenças individuais. Cada criança tem seu tempo. Uns são mais lentos e outros mais ágeis no aprendizado. Eles não são tão ignorantes que não percebam suas próprias dificuldades. Atualmente os pais não têm mais aquele tempo com os filhos para acompanhar as tarefas escolares. E a figura do professor particular de reforço foi abolida com a promessa de a escola tentar suprir com horários de reforço escolar. Creio que o fato dos alunos se desligarem do ambiente escolar e ouvir de outras pessoas os conhecimentos básicos surtiam mais eficácia, pois ela, criança/jovem tinha a oportunidade de ouvir com outra linguagem o mesmo conteúdo num ambiente diferente. Recebia assim realmente um reforço individual muito mais prático, eficiente e sem as tensões de sala de aula.
Muito mais se poderia falar. Voltaremos ao assunto.
